"Os russos controlavam cerca de 70 por cento da cidade, mas nos últimos dois dias foram empurrados para trás. A cidade está dividida em duas, têm medo de circular livremente", disse, segundo a Lusa, o responsável da região de Lugansk, que tem sido parcialmente controlada por separatistas pró-russos desde 2014 e da qual Severodonetsk é a capital administrativa.
Já no sábado, Sergui Gaidai tinha revelado que a Rússia estava a colocar todas as suas forças disponíveis na batalha por Severodonetsk. A tomada da cidade poderá permitir à Rússia garantir o controlo do Donbass, uma região de exploração mineira, ocupada parcialmente por separatistas pró-russos desde 2014.
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Várias explosões abalam Kiev: "Os bombeiros estão a extinguir as chamas"
Entretanto, o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou este domingo, que várias explosões abalaram esta manhã a cidade, numa mensagem difundida na plataforma Telegram citada pela Lusa.
"Várias explosões nos bairros de Darnytsky e Dniprovsky da cidade. Os bombeiros estão a extinguir as chamas", escreveu.
"O agressor continua a lançar mísseis e a realizar ataques aéreos contra as infraestruturas militares e civis do nosso país, sobretudo em Kiev", escreveu o Estado-maior das forças armadas ucranianas na rede social Facebook.
Segundo a mesma fonte, vários alertas de ataques aéreos em muitas outras cidades ucranianas, de acordo com as autoridades ucranianas, enquanto em Severodonetsk, no leste do país, prosseguem os "combates de rua".
A cidade permanece no centro da ofensiva russa na bacia mineira do Donbass, no leste do país, zona sob controlo parcial dos separatistas pró-russos desde 2014 e que Moscovo espera conquistar na totalidade.
No sábado, o Ministério da Defesa russo indicou que os soldados ucranianos estavam a retirar-se da cidade: "as unidades do exército ucraniano, tendo sofrido perdas críticas durante os combates por Severodonetsk (até 90% em várias unidades), estão a retirar-se para Lyssychansk".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.