É no meio das dificuldades, devido não só à pandemia de Covid-19 mas também à cíclica instabilidade política, que a Guiné-Bissau celebrou os seus 47 anos de independência.
A cerimónia foi prestigiada com a presença de quatro chefes de Estado africanos e vários ministros de países africanos vizinhos e europeus, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal. Outros países, como o Líbano, o Reino Unido, estiveram representados pelo respetivo embaixador.
O país que Cabral libertou
O poder foi passado ao PAIGC-Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, fundado em 1956.
O ato unilateral de autoproclamação foi de imediato reconhecido por 80 países. Só no ano seguinte em novembro de 1974, Portugal reconheceu a independência da Guiné-Bissau e as Forças Armadas da ex-potência colonial entregaram formalmente o poder ao novel governo liderado por Luís Cabral, irmão do líder Amílcar Cabral assassinado em janeiro de1973.