O rapto do francês relatado este sábado na imprensa francesa aconteceu horas depois de na véspera a polícia haitiana ter anunciado a detenção de "um membro influente" do gang 400 Mawozo, Pierre Dieumedor Peter (2ª foto à esqª, sob o mapa). Era procurado desde dezembro enquanto suspeito do rapto dos dezassete "missionários" que estiveram dois meses sob sequestro antes de serem libertados em dezembro último.
Segundo a polícia, o detido Pierre Dieumedor Peter foi capturado quando se preparava para fugir pela fronteira com a República Dominicana. Segundo a imprensa haitiana citando a polícia nacional, Pierre é um antigo deportado dos Estados Unidos que tem servido de intérprete aos "missionários", mas que a dado momento aproveitou o seu estatuto para "facilitar" os sequestros por resgate realizados pelo 400 Mawozo.
A libertação dos "missionários", que estiveram dois meses sob sequestro. Suspeita-se que terá sido efetivada com o pagamento de um elevado montante, mas essa informação não foi divulgada. (Haiti: Gang pede $1milhão para libertar 17 pessoas raptadas de missão cristã dos EUA, 28.out.021.)
Assassinato do presidente
O presidente Juvenal Moise (foto de mural) foi assassinado em 07 de julho passado. Por quem, ainda não se sabe, tal como aconteceu no outro magnicídio de 1915. Dois presidentes haitianos assassinados em 106 anos, sem saber quem são os responsáveis.
Há dez meses, o primeiro-ministro Claude Joseph — ao anunciar na manhã de 7-7 a infausta ocorrência que se deu à "uma da manhã" — referiu "indivíduos não identificados, alguns deles a falar espanhol", que "atacaram a residência privada do presidente da República e feriram-no até à morte".
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Fontes: Le Monde/Unissons Haiti/CNN/New York Times/Washington Post. Relacionado: Haiti : PGR ouve suspeitos do assassinato do PR Moise — 3ªfª, 14 audição do primeiro-ministro Ariel Henry, 16.set.021; Haiti: Presidente assassinado em casa — 1ª dama ferida, em ataque à 01H, 17.jul.021. Fotos (NYT/WP): Terramotos, inundações, furacões, criminalidade crescente, instabilidade política somam-se no Haiti. Violência acompanha manifestações contra a onda de raptos por resgate: homem com um cartaz Aba kidnapping(Pára raptos).