“Não conseguimos apenas em um projeto falar de “De Cairo a Cabo”, falar sobre a África, então queremos continuar a falar sobre África com este projeto (De Cairo a Cabo I, II, III, IV).Sublina que em cada projeto tenta trazer sonoridades diferentes, de países diferentes, tentar trazer temáticas diferentes, e tentar enxergar África de uma outra perspetiva musicalmente falando”, explica o nosso entrevistado.

Este trabalho é o segundo álbum do artista, que começou sua carreira em 2007, e desde então vem marcando cada vez mais o seu lugar no panorama da música de Cabo Verde.

Com este álbum, à semelhança dos outros projetos, de acordo com Batalha, tenta trazer mensagens e informações para a comunidade, reaproximando cada vez mais do continente africano, dando a conhecer suas histórias e cultura.

Com poucos dias de lançamento, o álbum que contém 14 faixas e já caiu nas graças do público. Conforme publicou nas suas redes sociais recentemente, das 20 músicas mais ouvidas na Apple Music Cabo Verde, 14 são do seu novo álbum. “Todas as músicas estão a ter um bom feedback por parte do público e vê-se claramente que as pessoas estão a consumir o álbum todo e não apenas um single”, salienta.

Antes do lançamento completo do álbum, o rapper já tinha disponibilizado algumas músicas deste trabalho, como «Minina de Sombentu”; «Sima nu sta nu ka pode fica« feat. PCC; «Dexam bua« feat Sônia Sousa, e por último, mais recentemente, «So bensons« feat. Hérica.

A estas músicas, juntam-se as restantes, como «Dexas fla« feat. Dibaz e Mark Delman; «Kurandera»feat Loony Johnson; «Djam bem»; «Immortal» feat. Azagaia; entre outras.

Entre as colaborações no referido álbum, o cantor destaca a participação de Azagaia na música “Immortal”, que considera algo grandioso e uma satisfação enorme.

Revela ainda que cresceu basicamente a ouvir as músicas de Azagaia, considerando-o como um pai, pois na sua adolescência consumiu muito o trabalho do artista. “Desde a minha adolescência fui seguindo e acompanhando o trabalho de Azagaia. Para mim, ele foi um dos maiores rappers de África e do mundo. Tê-lo no meu álbum significa algo extraordinário, e a partir disso, muitas pessoas que não o conheciam, passarão a conhecê-lo melhor a partir do meu álbum», , confessa.
É de lembrar que o rapper moçambicano Azagaia faleceu em março deste ano, aos 38 anos de idade.

No seu canal de Youtube, o público pode encontrar os videoclipes de 4 músicas que integra este álbum, nomeadamente, «Minina de Sombentu»; «Sima nu sta nu ka pode fica» feat. PCC; »Dexam bua» feat. Sônia Sousa, e por último, mais recentemente, “So bensons” feat. Hérica. Hélio Batalha adianta, porém, nesta entrevista que concedeu ao Asemanaonline,, que durante este ano, grande parte das restantes músicas ganharão um videoclipe.

Para breve, depois de cumprir sua agenda de shows e se organizar, Batalha garante que fará um mega show de apresentação do álbum “De Cairo a Cabo” para o público cabo-verdiano e posteriormente realizar alguns concertos de apresentação do álbum fora do país.

Shows nacionais e internacionais

A agenda de shows, segundo o cantor, encontra-se cheia, neste mês e no mês de junho. Começam esta sexta-feira (05) com a sua participação no Festival de São Jorge dos Órgãos e sábado (06) na cidade de Assomada em Santa Catarina de Santiago. No próximo fim de semana (12) atua na cidade da Praia no concerto de Élida Almeida. Já no mês de junho (03) Helio vai estar em espectáculo na Boavista. No dia 17 de junho atua em Luxemburgo e no 23 de junho em Santo Antão nas festas de “Son Jon”. Em julho (10), o artista estará também em espectáculo na Holanda.

Com 16 anos de carreira, Hélio Batalha, nascido no bairro de Ponta d´água, cidade da Praia, já atuou em grandes palcos e é um cantor habitual nos grandes festivais de Cabo Verde.

Conforme entendidos na matéria, trata-se de um artista versátil que tenta transmitir em suas músicas, aquilo que acredita e quer passar ao público. Neste sentido, Hélio Batalha tenta incutir na sua música, o rap, elementos da cultura africana.