Em declarações à Inforpress a propósito do 181º aniversário da Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV), que se assinala hoje, Raimundo Lopes enfatizou que, durante estes anos, a empresa tem contribuído para o desenvolvimento do setor gráfico em Cabo Verde e na consolidação da democracia e do Estado de Direito.

“Esta efeméride representa o trabalho consolidado da instituição no processo de desenvolvimento do País, em que a INCV passou por várias fases e turbulências durante anos e agora demonstra ser uma empresa resiliente e que tem contribuído para o desenvolvimento do setor gráfico e a consolidação da democracia e do Estado de Direito em Cabo Verde”, realçou.

Destacou os ganhos que a INCV registou ao longo destes anos, frisando que a imprensa nacional passou por uma transformação “muito importante” que é a transição da imprensa tradicional para o formato digital, através do quiosque.

Acrescentou ainda outros ganhos, no que tange à remodelação, em curso, da oficina gráfica e a construção da Nave Industrial para a Gráfica de Segurança. Este investimento abarca um “setor crucial” que interage com a soberania nacional através da produção de documentos oficiais, como passaportes, cartões nacionais de identificação, cartões de residência, entre outros.

Neste particular, a mesma fonte avançou que a conclusão das obras está prevista para o terceiro trimestre do ano em curso, prevendo-se que a consagração desta meta irá viabilizar a expansão e a conquista de novos mercados, ao mesmo tempo que fortalecerá a INCV que passará a ter melhores condições de contribuir para uma maior soberania do País por via da segurança dos documentos e de maior eficiência na produção e difusão do Boletim Oficial.

Por outro lado, apontou ainda que durante o ano 2022, a INCV conseguiu alcançar alguns “marcos significativos”, tais como, a melhoria na edição do Boletim Oficial (BO), bem como, a sua comercialização, de uma forma útil e rentável, e ainda com uma identidade corporativa “mais consolidada e a par dos projetos” em execução.

Raimundo Lopes disse ainda que, apesar de alguns desafios a ser alcançados, alguns já foram vencidos, nomeadamente, a transição da publicação do Boletim Oficial em papel para o suporte digital, em que passou a ser gratuito e universal, afirmando que poucos países Africanos conseguem partilhar o Boletim Oficial universal para toda a população.

No entanto, o presidente da INCV lembrou, igualmente, que a história de Cabo Verde está intimamente ligada à imprensa nacional sobretudo com a publicação de tudo aquilo que se produz sobre a instância jurídica no País sublinhando que o BO é o jornal oficial de Cabo Verde

“Temos um BO em tempo real produzido num quiosque em forma eletrónica”, lembrou.

Para comemorar o seu 181.º aniversário a INCV tem programado uma palestra e atividades sociais envolvendo os colaboradores, bem como, a visita de algumas personalidades governamentais e públicas às novas estruturas em fase de construção e instalação.

A Imprensa Nacional de Cabo Verde surgiu no dia 24 de Agosto de 1842, na ilha da Boa Vista, aquando da publicação do primeiro Boletim Oficial do Governo Geral de Cabo Verde, tendo como missão principal, a edição, publicação, impressão, distribuição, comercialização e venda do Boletim Oficial e outras publicações do Estado, funções que a definem como um meio próprio instrumental da Administração Pública em matérias que constituem os seus fins previstos na lei.

É considerado uma das instituições mais antigas de Cabo Verde e conta, atualmente, com 200 colaboradores activos e duas dezenas em reforma antecipada.

A Semana com Inforpress