À margem da cerimónia de abertura do Seminário de Sensibilização das Equipas Médicas de Emergência, a presidente do INSP, Maria da Luz Lima, explicou que actualmente o mundo vive situações inesperadas que envolvem muitas vezes a saúde humana sobretudo com o aparecimento de epidemias, desastres ambientais e outras catástrofes, que requerem treinamento e capacitação para que haja melhor resposta a situações específicas de emergências.
Este seminário tem como propósito, melhorar as capacidades de cuidados médicos das equipas de resposta rápida de Cabo Verde para uma resposta eficaz em situação de emergência de saúde.
Por isso, considerou que é necessário que haja prevenção na gestão caso aconteça algumas emergências tanto no contexto nacional e internacional para que estes especialistas estejam prontos e capacitados para acudir qualquer emergência que venha surgir.
“Estamos a capacitar esses técnicos para qualquer emergência no contexto geral, que pode ser na saúde pública ou pré-hospitalar, a nível de um acontecimento como a erupção que pode haver queimaduras e que podem ser geridas e tratadas”, disse Maria da Luz Lima, asseverando que esta capacitação envolve actores não só da área da saúde, mas que envolve também as áreas da Protecção Civil, Polícia Nacional, Instituto Marítimo Portuário e outros sectores.
Aquela responsável acrescentou ainda, que esta capacitação serve também caso houver necessidade de deslocação de algum especialista do país, na área de emergência para outro país que seja necessário, Cabo Verde já estará capacitado e com competência para ajudar nas intervenções e se for necessário a deslocação destes especialistas para ajudarem a dar melhor respostas em situações de emergência sobretudo nos países que falam a língua portuguesa.
“Deste seminário espera-se ter alguns técnicos já capacitados, mas também uma sensibilização nacional e pensar sempre neste processo de globalização, porque os eventos quando acontecem, não acontecem apenas num só país, tem sempre uma abrangência nacional e se acontece nos outros países, se Cabo Verde tiver essa capacidade técnica para apoiar então porque não”, elucidou.
Neste seminário, conforme explicou, vai ser retratado um conjunto de temas e situações que interferem na parte da saúde, como a área ambiental, veterinária, bem como, as experiências que Cabo Verde tem passado em termos de gestão específica que tem acontecido e afectado o país.
Lembrou que as situações de emergência têm sempre um aprendizado, afirmando que Cabo Verde teve uma “gestão considerável e óptima”, na pandemia da covid-19 sobretudo na emergência de saúde pública, erupção vulcânica em 2014, entre outras catástrofes, como o furacão Fred, que demandam respostas coordenadas e articuladas.
De referir que este seminário foi organizado pelo Instituto Nacional da Saúde Pública através do Ministério da Saúde, com o apoio da Organização Oeste Africana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, para criação de capacidades humanas em emergência sanitária a todos os níveis dos Estados Membros da CEDEAO, prontas a intervir em caso de ocorrência de um grande evento de saúde pública e também em matéria de preparação e resposta às epidemias e outras emergências sanitária.
A Semana com Inforpress