A pintura mural que veio juntar a muitas existentes em vários pontos da cidade foi concluída na tarde de quarta-feira, pelo artista português Mário Belém, que chegou segunda-feira à ilha no quadro do programa “residência artística de street art” dentro da programação do festival Sete Sóis Sete Luas.
A pintura mural que é meio poético e com alguma subjectividade intitula-se, segundo o artista, “este grande fogo que arde na minha alma nunca se apaga, mas foi traduzido para o crioulo e constitui uma forma de alegrar as pessoas.
A ave representada na pintura, o Gongon, é uma espécie endémica de algumas ilhas, nomeadamente Fogo, representa o desejo de “voar para fora” de muitas pessoas.
Depois da ilha do Fogo, o artista desloca-se à ilha Brava, no mesmo âmbito, onde pretende pintar um quadro num dos muros cujo tema é “sonhar faz parte do meu dia-a-dia” representado através de uma “galinha de ovos de ouro” gigante.
No seu regresso para o Fogo, na próxima segunda-feira, vai pintar um outro quadro na parte interna do próprio Centrum Sete Sóis Sete Luas de São Filipe, para depois seguir para a Ribeira Grande de Santo Antão com a mesma finalidade.
Mário Belém começou a desenhar aos 16 anos, regularmente para uma revista de “bodyboard”, ingressou na formação de arquitectura, tendo desistido e mudado para a escola de arte “Ar.Co”, onde fez desenho gráfico.
Trabalha como “freelancer” efectuando trabalho comercial para agências de publicidade, capas de CD, de entre outros. A Semana/Inforpress