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Ilha do Sal: Paulo Évora ou o “arquivo vivo” que pode ajudar na produção da história da ilha 18 Outubro 2023

Paulo Évora é o homem das câmaras, no Sal, que se considera o arquivo vivo de registos que poderão ajudar na produção da história da ilha, guardando memórias de longa data, desde religiosas, desportivas, culturais e outras.

Ilha do Sal: Paulo Évora ou o “arquivo vivo” que pode ajudar na produção da história da ilha

Natural da ilha do Sal, filho do conhecido Sabino Évora, já falecido, e da dona Rosinha, Paulo Évora, mais conhecido como Pulita no meio salense, manifestou esta sua paixão pelo arquivo, registos e memórias, em entrevista à Inforpress, a propósito de um documentário que realizou sobre os 67 anos da Igreja do Nazareno do Sal, emitido no domingo, 15, na congregação dos Espargos em simultâneo com a de São Vicente.

Enquanto operador de câmara, disse que o seu estilo é estar agarrado a este equipamento, captando imagens e registos da ilha e suas gentes, para seu arquivo pessoal, quiçá poder também servir a outras pessoas e interesses, com as lembranças que marcam ou marcaram a história da sociedade salense, especialmente.

“Arquivar, catalogar, classificar, ordenar, guardar (…) foi a minha primeira tarefa quando comecei a trabalhar na Delegação da Radiotelevisão de Cabo Verde (RTC), no Sal, já lá vão 37 anos, onde Fernando Carrilho pôs-me a identificar todos os discos. Fiz um arquivo de discos … e ficou essa paixão”, relembrou.

“Quando fui para a televisão foi a mesma coisa. Tenho um legado forte em minha casa, um arquivo de muitos DVD, cassetes antigas, modernas, disco externo… tudo guardado”, reviveu, referindo que quando morre uma pessoa já de idade na ilha, mormente se tiver um registo seu ou não, fica triste e transtornado, porque, conforme exteriorizou, “junto foi também uma história”.

Enaltecendo a esposa Ivone, que lhe dá “ânimo e audácia” para fazer os seus registos, coisas ou acontecimentos, dizendo-lhe: “vá lá… não esperes por ninguém, tens a tua máquina…”, Pulita informou, com isso, dispor de material que “pode dar uns 22 documentários”.

“Tenho feito bastante recolha. Muito material no meu arquivo, tanto a nível do futebol, mas também social. Gosto do arquivo e dos meus arquivos, muitas imagens, depoimentos e coisas guardadas”, completou.

A título de exemplo, conta que dos registos de família, quando os seus sobrinhos completam 10 anos, oferece-lhes um DVD com os seus mais diferentes momentos, desde o seu nascimento.

“Ficam encantados, maravilhados. Acham interessante ver as suas figuras e peripécias quando mais pequenos. Para mim o arquivo é fundamental. Pena que comecei a mexer tarde numa câmara de filmar. Se tivesse tido oportunidade de uma formação logo que entrei para a televisão (…) podia ter muito mais memórias sobre a ilha do Sal. Mas vou acompanhando”, comentou.

Com 57 anos, funcionário da televisão há 37 e operador de câmara há 28, Paulo Évora disse gostar tanto da sua profissão e do que faz que também criou a sua TV Pulita, na página do Facebook, “informando, animando e entretendo” as pessoas.

A Semana com Inforpress

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