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Ilha do Sal: Professores aderiram massivamente à manifestação vestidos de preto em sinal de indignação 18 Outubro 2023

Os professores na ilha do Sal aderiram, massivamente, à manifestação programada para hoje, a nível nacional, trajados de preto gritavam “basta” ao Ministério da Educação, pelas ruas da cidade dos Espargos, posicionando-se depois, à frente da Delegação Escolar.

Ilha do Sal: Professores aderiram massivamente à manifestação vestidos de preto em sinal de indignação

A manifestação pacífica, com o apoio dos Sindicatos de Professores, tomou o ponto de partida a Escola do Ensino Básico e Secundário Olavo Moniz (EBSOM), nos Espargos, exigindo “mais respeito e dignidade da classe”.

Professores dos diferentes pólos educativos e níveis de ensino, desfilaram até à zona onde fica a Delegação do Ministério da Educação local, gritando palavras de ordem e empunhando dísticos com vários dizeres, em jeito de reivindicação daquilo que consideram ser direitos adquiridos há vários anos.

Em representação dos professores, Aissata Diarra apelou ao Governo, ao Ministério da Educação, a rever a situação e a cumprir com os direitos dos docentes.

“Nós estamos a cumprir os nossos deveres, estamos na sala de aula, queremos mais dignidade e condições de trabalho”, exteriorizou, referindo que, no caso do Sal, concretamente, ainda há salas com 45/49 alunos.

“Não queremos isso, queremos qualidade”, reforçou.

Também em nome dos professores, Alessia Brígida, lamentou o facto de os professores não serem “ouvidos nem escutados”.

“O ministério faz simplesmente para o professor aplicar, depois a culpa toda recai sobre o professor. O professor é tudo, é responsável, mas ninguém respeita o professor, ninguém zela pelos seus direitos”, lamentou, em tom de indignação.

“Queremos ser valorizados, respeitados, ter vez e voz, poder escolher quem a gente quer que esteja à frente da escola para representar o professor. Basta de prometer, é hora de acção”, finalizou.

Segundo Albertina Rodrigues, secretária executiva do Sindicato Democrático de Professores (Sindprof-Sal), disse que houve uma adesão à volta de 70 por cento (%) e que, pela primeira vez, viu os professores unidos, numa “linguagem única”.

“Não foi uma decisão saída dos sindicatos, mas dos professores, e há que respeitar. Como aqui foi dito os professores não têm de estar a rastejar para que os seus direitos sejam respeitados. As reivindicações são antigas. Promessa não vai à mesa”, enfatizou.

A sindicalista avisou que os professores estão prontos para partirem para outras formas de luta se as reivindicações não forem atendidas.

Conforme uma nota explicativa, em 2022, o Governo e as organizações sindicais de professores chegaram a um compromisso que previa a resolução de todas as pendências em 2023, que a priori se converteriam em desbloqueio da carreira congelada para efeitos de promoção.

Também a negociação de medidas que dessem resposta a todos os problemas dos professores, designadamente, o pagamento do subsídio pela não redução de carga horária, transição na carreira, melhoria na carreira dos professores mestres e doutores, reclassificação, assim como uma nova grelha salarial para professores e promoção automática a todos os professores antes de se aposentarem.

No entanto, ao aproximar do final de 2023, “apesar das reuniões realizadas, nenhum destes compromissos foi cumprido e aos problemas que já existiam juntaram-se outros relacionados, principalmente, com os concursos de professores para promoção na carreira, a criação do Estatuto dos Monitores e Educadores de Infância, entre outros”, lê-se no documento.

A Semana com Inforpress

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