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Impacto do Kriol Jazz Festival na economia na cidade da Praia 09 Abril 2023

O impacto económico e cultural do Kriol Jazz Festival vai ser, segundo observadores atentos e homens de negócios, grande para a cidade da Praia. O certame movimenta a capital durante três dias, impactando vários setores de atividade. O certame fomenta a economia local e traz renda extra para os comerciantes.

Impacto do Kriol Jazz Festival na economia na cidade da Praia

Numa ronda feita pela nossa equipa de reportagem à cidade da Praia, vários comerciantes asseguraram que aproveitam o KJF para fazer render o seu negócio, realçando que as expectativas são altas para a 12ª edição do certame, que é retomado depois de três anos de interregno por causa da pandemia da Covid 19 que afetou o mundo e Cabo Verde, em particular.

Dany Andrade, gerente do “Café Sofia”, situado no Largo da Pracinha da Escola Grande, onde acontece o KJF, diz que o festival é o que os negociantes precisam neste momento, depois de tanto tempo parados. É que, realça o empresário, sempre há um movimento maior neste local por causa da afluência de pessoas que chegam ao país especialmente para assistir o certame.

A semana do KJF é a altura do ano em que costumávamos ter mais movimento. Em termos financeiros, acontece muito mais retorno nessa época. Estamos ansiosos pela retoma do festival e a nossa expetativa é de que, com a sua retoma, o movimento de negócios crescerá, pois, apesar do regresso dos turistas ao país, ainda não chegamos ao nível que funcionávamos antes do KJF”, aponta Dany Andrade.

Para o gerente do Café Sofia, antes da criação do KJF o mês de abril não era um mês alto para o turismo, mas desde que foi criado o festival, passou a garantir um maior movimento comercial comparativamente aos outros meses do ano. A prova disso, fundamenta Andrade, é que abril de 2022 foi um mês baixíssimo em termos de rendimentos arrecadados.

O gerente do “Café Sofia” perspetiva, no entanto, que provavelmente o primeiro Kriol Jazz Festival pós-pandemia não será como os de antes. Mas admite que pode eventualmente trazer alguma dinâmica financeira aos estabelecimentos comerciais da Praia. “Acreditamos que será um bom festival, mas não temos a noção clara de que será igual aos anteriores”, explica Dany, realçando que ainda assim a facturação do Café Sofia vai ser de longe superior em relação aos dias normais de funcionamento.

A equipa da reportagem desta Edição Especial sobre o Kriol Jazz Festival também conversou com as vendedeiras de guloseimas da Praça Luís de Camões. Linda de Souto, residente em Ponta d´água, vendedeira de “tabuleiro” há 14 anos, que vende no KJF desde a primeira edição, garante que nos dias deste festival comercializa muito do que nos outros dias. E venderia mais se tivesse dinheiro para investir mais no seu negócio.

Os clientes vêm até mim para comprar coisas que não tenho, daí recomendo que vão comprar em outra colega. Dói não ter algo que o cliente pede, porque assim é um cliente perdido” afirma Linda de Souto.

À semelhança de Linda, Suzana Fernandes, outra vendedeira, diz que queria ter capital para incrementar o seu negócio e faturar mais. A sua vontade é que o Kriol Jazz Festival chegue logo, porque é nele “ki nu ta janta más sabi” (que tiramos o sustento bom). Confessa que sente falta deste grande festival na Pracinha da Escola Grande, onde vende há 10 anos.

De um modo geral, «nestas ocasiões (KJF/AME), o arquipélago se transforma num foco de vibrantes intercâmbios transatlânticos e culturais e fruto desta efervescência cultural, associada ao facto de abril ser um mês de grande afluência turística, os ganhos económicos são evidentes para a capital», expressou o vereador Jorge Garcia em nome da Câmara Municipal da Praia.

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