“Em representação da ADAD, gostaríamos de lamentar e apresentar as nossas sentidas condolências à família enlutada e amigos, pela perda desses soldados que estavam no combate ao incêndio em Serra Malagueta. Gostaríamos também, de encorajar todas as mulheres e homens que neste momento estão a combater o fogo e prestar toda a nossa solidariedade”, declarou Januário Nascimento à Inforpress.
O responsável aproveitou a ocasião ainda para chamar atenção dos camponeses para evitarem fazer queimas, aconselhando-as a fazerem a limpeza das florestas antes do mês de junho, considerado no País uma época em que se iniciam as sementeiras, de forma a ajudar o Governo na prevenção.
“É necessário mais uma vez que se previna, mas que haja também sinergia entre diferentes instituições, de maneira a que se obtenha um trabalho de educação ambiental e envolvendo todos os parceiros que trabalham com a questão das zonas protegidas”, afirmou.
A mesma fonte acrescentou que a associação tem estado sempre a fazer um trabalho de sensibilização com a população na área da educação ambiental, no sentido de ajudar a prevenir essas questões, sobretudo para a população das zonas rurais, juntamente com as câmaras municipais, associações comunitárias e o Governo, assim como as diferentes instituições que actuam nas áreas protegidas.
Januário Nascimento garantiu igualmente que a ADAD vai continuar a trabalhar com estas instituições para chamar atenção para ajudar na prevenção, defendendo a substituição das árvores que já estão velhas, empenhar-se na limpeza das florestas e continuar a plantação de árvores para melhorar a floresta e mudar o clima, constituem elementos essenciais para o combate.
Ainda ressaltou que tudo isso tem que ver com a mudança do comportamento dessas pessoas, sublinhando que há um “trabalho longo” nesta matéria, que exige “muitos esforços” e que já foi trabalhado por muitos anos, mas mesmo assim as pessoas não se conscientizaram desta prática.
“É sempre necessário continuar o trabalho de prevenção, da educação, além de ter a mão pesada por aqueles que façam tudo o que querem, mas as autoridades devem agir fiscalizando, no sentido de prevenir e de levar com que as pessoas não façam essas queimas, mas é preciso ainda, que o governo apresente alternativas dando mais atenção às zonas florestais”, frisou o responsável da ADAD.
Januário Nascimento chamou igualmente atenção para a regulamentação da lei florestal, lembrando que já existe uma lei do código florestal, mas que necessita de ser regulamentada para que “as coisas funcionem neste sector”.
Desde início da manhã de sábado, 01 de Abril, aconteceu um incêndio “de grande proporção” numa zona de difícil acesso no perímetro florestal da Serra Malagueta, no interior de Santiago, que culminou com a morte de oito militares que se encontravam no combate ao incêndio, para além da morte de um jovem que trabalhava como técnico na zona florestal daquela zona.
A Semana com Inforpress