Segundo o órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro, no ano, a inflação acumula uma subida de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,65%, abaixo dos 5,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

A subida do preço da gasolina (8,33%), teve o maior impacto individual no índice de março (0,39 pontos percentuais), tendo-se verificado também um aumento dos preços do etanol (3,20%).

“Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês ", explicou o analista da sondagem do IBGE, André Almeida.

Em razão da alta dos combustíveis, o grupo Transportes foi o destaque no índice que mede a alta de preços em março, sendo responsável pelo maior impacto (0,43 pontos percentuais) na inflação brasileira e maior variação (2,11%).

Em seguida, o IBGE destacou o impacto na inflação causado pelas categorias Saúde e cuidados pessoais (0,82%) e Habitação (0,57%), que desaceleraram em relação a fevereiro, contribuindo com 0,11 pontos percentuais e 0,09 ponto percentual, respetivamente.

Segundo o IBGE, o grupo Alimentação e bebidas registou leve alta de (0,05%). Houve, porém, queda na categoria alimentação no domicílio, que passou de 0,04% em fevereiro para (-0,14%) em março.

Único dos nove grupos pesquisados a mostrar variação negativa em março foi Artigos de residência (-0,27%) que registou recuo de preços nos itens influenciado pela queda dos valores de televisores, som e informática (-1,77%), que caíram em razão de promoções sazonais.

“As promoções realizadas durante a semana do consumidor, ocorrida em março, podem ter influenciado”, afirmou André Almeida, do IBGE.

A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do país neste ano subiu de 5,96% para 5,98% na última segunda-feira.

A estimativa consta do Boletim Focus, sondagem divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) do país com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores económicos.
A Semana com Lusa