Um ex-líder do grupo extremista Proud Boys foi, nesta quinta-feira, condenado a 15 anos de prisão por liderar o ataque ao Capitólio norte-americano para tentar reverter a vitória eleitoral de Joe Biden após as presidenciais de 2020.
Zachary Rehl foi visto num vídeo a pulverizar um produto químico contra agentes da polícia fora do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, mas mentiu repetidamente sobre a agressão enquanto testemunhava no seu julgamento, disseram os procuradores federais.
Os procuradores recomendaram uma sentença de 30 anos de prisão para Rehl, que ajudou a liderar dezenas de apoiantes do ex-presidente Donald Trump na marcha até ao Capitólio. Rehl e outros membros dos Proud Boys juntaram-se à multidão que rompeu as linhas policiais e forçou os legisladores a fugir, interrompendo a sessão conjunta do Congresso para certificar a vitória eleitoral do Democrata Joe Biden.
O juiz que sentenciou Rehl também condenou, nesta quinta-feira, Joseph Biggs, outro ex-ativista dos Proud Boys, a 17 anos de prisão por liderar o ataque ao Capitólio.
Os procuradores tinham pedido uma sentença de 33 anos de cadeia para Biggs, que ajudou a liderar dezenas de membros e associados do grupo de extrema-direita na marcha até o Capitólio, num ataque que acabaria por fazer cinco mortos e deixar mais de 140 polícias feridos.
Biggs e outros elementos dos Proud Boys juntaram-se à multidão que conseguiu passar o controlo policial e obrigar os congressistas a fugir, interrompendo a sessão conjunta do Congresso para certificar a vitória eleitoral do Democrata Biden, que tinha vencido as eleições contra o Republicano Donald Trump.
O juiz que sentenciou Biggs também deverá apresentar sentenças separadas para quatro outros elementos dos Proud Boys que foram condenados por um júri em maio, após um julgamento de quatro meses em Washington. A Semana com SIC/Lusa