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Investidos 17,2 mil milhões de euros em cinco anos para explorar hidrocarbonetos em Moçambique 15 Novembro 2023

As concessionárias investiram em cinco anos 18,4 mil milhões de dólares (17,2 mil milhões de euros) na exploração de petróleo e gás em Moçambique, mas em 2022 esse investimento caiu para menos de metade, indicam hoje dados oficiais.

Investidos 17,2 mil milhões de euros em cinco anos para explorar hidrocarbonetos em Moçambique

O relatório "Estatísticas de Investimento em Petróleo e Gás em Moçambique de 2018-2022", divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), contabiliza que as concessionárias investiram, desse total, 15,3 mil milhões de dólares (14,3 mil milhões de euros) em trabalhos de desenvolvimento de campo, e o restante em pesquisa, avaliação e estudos, também em produção e ainda na desmobilização e abandono de poços.

Globalmente, nesses trabalhos, as concessionárias investiram mais de 2,06 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros) em 2022, menos de metade (-55%) do recorde de quase 4,6 mil milhões de dólares (4,3 mil milhões de euros) em 2021 ou dos 4,5 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) em 2020.

"Esta queda é justificada, em parte, pelo início [no segundo semestre de 2022] da produção do gás ’offshore’ na Bacia do Rovuma, dado que baixaram significativamente os custos com capital, sobretudo relacionados com a plataforma flutuante de gás natural liquefeito (FLNG)", explica o INE.

O relatório recorre a informações do Instituto Nacional de Petróleos (INP) e abrange todas licenças ativas de exploração de hidrocarbonetos em Moçambique até 2022.

"Em 2022, as despesas realizadas na fase de produção atingiram um total de 368,9 milhões de dólares [344,8 milhões de euros], quase o triplo do registado em 2021 e é igualmente o valor mais alto desde 2018. Esta tendência é explicada principalmente pelo início da produção e exportação do gás em Cabo Delgado, no projeto offshore na Bacia do Rovuma, no projeto Coral Sul", acrescenta o INE.

A Área 4 na Bacia do Rovuma, norte do país, é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma ’joint venture’ em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão, cuja produção de gás natural arrancou em 2022. A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participação de 10%.

A Eni, concessionária da Área 4 do Rovuma, já discute com o Governo moçambicano o desenvolvimento de uma segunda plataforma flutuante, cópia da primeira e designada Coral Norte, para aumentar a extração de gás, disse à Lusa, no início de outubro, fonte da petrolífera italiana.

Este plano envolve, nomeadamente, a aquisição de uma segunda plataforma flutuante FNLG, para a área Coral Norte, idêntica à que opera na extração de gás, desde meados de 2022, na área Coral Sul.

"A Eni está a trabalhar para o desenvolvimento do Coral Norte através de uma segunda FLNG em Moçambique, aproveitando a experiência e as lições aprendidas na Coral Sul FLNG, incluindo as relacionadas com custos e tempo de execução", acrescentou a mesma fonte da petrolífera, operador delegado daquele consórcio.

Um documento divulgado anteriormente, elaborado pela firma moçambicana Consultec para a petrolífera Eni, aponta tratar-se de um investimento de sete mil milhões de dólares (6,3 mil milhões de euros), sujeito a aprovação do Governo moçambicano.

Se o cronograma correr como previsto, a plataforma começará a produzir no segundo semestre de 2027, ou seja, poderá arrancar ainda antes dos projetos em terra, que dependem de implicações de segurança devido à insurgência armada em Cabo Delgado.

A Coral Norte ficará estacionada 10 quilómetros a norte da Coral Sul cuja produção arrancou em novembro do ano passado, tornando-se no primeiro projeto a tirar proveito das grandes reservas da bacia do Rovuma.

A Semana com Lusa

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