Segundo noticia a agência Mizan este sábado, a Justiça iraniana efetivou a execução por enforcamento de Alireza Akbari.
A República Islâmica Iraniana não reconhece a binacionalidade dos nascidos no país, o que impediu a representação em sua defesa da embaixada britânica em Teerão, lamentou a esposa Maryam, ouvida em Londres pelo The Guardian.
Akbari foi primeiro detido em 2008 e libertado quatro meses depois sob fiança, segundo a família e confirmado pelas agências Irna e Mizan. Foi então que escolheu o exílio, primeiro na Áustria — que sedia a autoridade nuclear mundial — e depois no Reino Unido.
Em 2019 numa viagem a Teerão, para onde foi atraído com o isco de que ia participar numa reunião sobre a desnuclearização, Akbari foi detido por espionagem. As autoridades alegaram que o ex-governante recebera a cidadania britânica e "largas somas de dinheiro" em troca de informações ao MI6 relativas às conversações confidenciais sobre o programa nuclear iraniano.
Acusado pelo assassinato do cientista nuclear
Akbari foi em 2021 acusado de envolvimento no atentado mortal que vitimou em 27.11.2020 o cientista Mohsen Fakhrizadeh Mahabadi, tido como um dos cérebros do programa nuclear iraniano (Irão acusa Israel de assassínio de cientista nuclear — Rouhani vê manobra para "impedir ação de Biden em prol da paz", 27.nov.020).
As autoridades de Teerão acusaram Israel e opositores iranianos no exílio pelo "ataque com arma telecomandada", segundo afirmou o chefe da segurança iraniana, o vice-almirante Ali Shamkhani, em discurso proferido durante a cerimónia fúnebre.
Fontes: Sky News/BBC/CNN/Indian Express/Hindustani Times/... Foto (Reuters): Alireza Akbari entrevistado em Teerão pelo online Khabaronline.