A cidade-capital sobre o Mediterrâneo teve desde os anos de 1970 na sua praia Hilton (fotos à esqª) um hotspot (marco) do turismo de elite. Até chegar 40 anos depois a diversidade, em 2019 com a semana dedicada aos antes excluídos pelo silêncio, a comunidade ’gay’ e depois ’LGBT+’.
Já vai na terceira edição a parada de Telavive, com recesso devido à Covid em 2020. A preparação do evento que este ano vai de 8 a 12 do corrente envolve um grande aparato de segurança — com milhares de agentes das forças da ordem nas ruas —, em especial devido às manifestações que se prevê, realizadas em especial por grupos como os judeus ortodoxos, agarrados à letra do livro de Levi que interdita o "pecado do homossexualismo".
Manifestações como se viu o ano passado. Entre as pessoas detidas destacou-se o casal que viajou desde a sua comunidade religiosa a 800 quilómetros, e que chegaram à capital com a "missão" de atacar os "contra-natura" — a imitar decerto o membro da mesma comunidade que em 2015 apunhalou até à morte Shira Banki de 16 anos, na parada ’gay’ de Jerusalém.
A segurança é pois o busílis da questão desta semana em Telavive. A polícia estará atenta a palestinos, mas também a israelitas, com motivações ideológicas e também de outro nível. Viu-se o ano passado: israelitas que operavam drones para ’atacar os gays’, outros com a mesma finalidade mas servindo-se de armas diversas, desde tasers a nunchucks (uma arma de artes marciais, com dois bastões pequenos ligados por uma corda ou corrente).
10 foliões da situação zero da oposição
A participação de governantes e políticos pode repetir-se, como o ano passado.
Sem surpresa, os deputados da oposição — com partidos religiosos, ultranacionalistas e de direita — não se fizeram representar no evento.
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Fontes: Jerusalem Post/Haaretz/ Times of Israel/sites de organizadores/Le Monde. Israel: Saúde põe polícia na parada gay para impor uso de máscara, 26.jun.021; Parada ’gay’ de Israel: 100 mil foliões, 50 detidos, saudações do presidente Rivlin, 27.jun.021.