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JMJ: ’Milhares ficaram em Lisboa, provável imigração ilegal’ — PGR investiga André Ventura por divulgação de notícias falsas 23 Agosto 2023

Segundo o Expresso.pt que cita diversas fontes policiais portuguesas esta terça feira, a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu em Lisboa entre os dias 1 e 6 deste mês, foi ocasião para milhares de peregrinos com vistos Schengen de curta duração, de 18 a 23 dias, engrossarem os números da imigração ilegal europeia. Contudo o SEF desdramatizou desde a primeira notícia de "desaparecimento de 195 caboverdianos e angolanos" uma eventual ameaça à segurança "nacional". Entretanto o líder do partido Chega está a ser alvo de uma investigação da justiça portuguesa por ter utilizado os grafismos da Rádio Renascença e do jornal Público para publicar na sua rede social notícias sobre o tema dos peregrinos desaparecidos.

JMJ: ’Milhares ficaram em Lisboa, provável imigração ilegal’ — PGR investiga André Ventura por divulgação de notícias falsas

Segundo essas fontes, mais de um milhar de pessoas que estarão já com o visto expirado são na sua maioria de países africanos lusófonos. Alguns deles, acrescenta-se, dirigiram-se ao SEF, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a manifestar interesse numa futura legalização.

Recorde-se que no primeiro dia deste mês foi amplamente noticiado que "168 peregrinos de Cabo Verde" não se apresentaram na diocese de acolhimento em Leiria, o que mereceu um desmentido da diocese do Mindelo (link abaixo).

Perante as notícias do alegado "desaparecimento de 195 peregrinos", a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, esclareceu que "esses peregrinos de Angola e Cabo Verde estavam legalmente no país" e tinham portanto "liberdade de movimentação".

Em declarações à Rádio Renascença, a ministra garantiu ainda que o SSI-Sistema de Segurança Interna est[ava] a monitorizar a situação para "saber como est[avam] as coisas" e que "a seu tempo dar[ia] mais informações".

Por seu turno, o SEF esta segunda-feira, perante a recente polémica a envolver André Ventura (entretítulo), emitiu um comunicado em que esclarece que um eventual "desaparecimento de peregrinos" não representa uma ameaça à segurança nacional", pelo que não foram adotadas medidas que seriam uma "interferência à liberdade de movimentação".

Título do Chega sob investigação

Na semana passada, fontes do grupo Renascença e o jornal Público enviaram uma participação à ERC-Entidade Reguladora para a Comunicação Social, sobre terem sido alvo de notícias falsas difundidas por André Ventura nas redes sociais do partido de extrema-direita.

Uma delas sob o título "Milhares de inscritos na JMJ desaparecidos. Imigração ilegal, diz especialista" apareceu na página X (ex-Twitter) de André Ventura com grafismo semelhante ao da Renascença — segundo a queixa apresentada pela emissora portuguesa.

Esta terça-feira, em conferência de imprensa, o presidente do Chega defendeu que o partido atuou "dentro da lei" relativamente à acusação de divulgação de desinformação nas suas redes sociais e rejeita, portanto, que tenha sido praticado qualquer "ato ilícito".

Fontes: Expresso/ Sapo.pt/TSF/RR/RTP/ Lusa/Sites das Dioceses de Santiago e do Mindelo. Relacionado: Portugal-JMJ: Peregrinos de Cabo Verde estão em Lisboa, exagerada notícia de "não-comparência de 6", diz Diocese do Mindelo, 02.ago.023. Fotos:1. Diocese de Sant’Iago: Peregrinos preparam-se. 2. (SIC): Receção aos peregrinos de Cabo Verde no aeroporto de Lisboa. 3. (RTP): Missa campal pelo patriarca de Lisboa no dia 1, no Parque Eduardo VII, com mais de duzentas mil pessoas. Ao alto, à d.ta (AP/DW.de): Milhão e meio de pessoas no encerramento no Parque Tejo, sob 38 ºC e jatos de água, na missa/ conversa com o papa Francisco.

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