Segundo a agência oficial Kyodo, os agentes da polícia da prefeitura de Nagano tinham c. das 16H30 (menos 10 horas em Cabo Verde) respondido a uma emergência sobre uma mulher que estava a ser perseguida por um homem armado com uma faca.

Minutos depois, as forças policiais — ao chegarem, com a mulher vítima já morta — foram recebidas a tiros de caçadeira. Dois agentes morreram no local. Sobre a quarta vítima mortal, que terá falecido no hospital, não existem mais informações.

Uma testemunha ouvida pela imprensa contou que "estava a trabalhar numa obra na rodovia" quando viu um homem — com um camuflado militar, máscara e óculos de sol — a correr atrás de uma mulher. Depois, viu-o a golpeá-la com uma faca de 30 cm.

Motivo. Essa mesma testemunha relatou que, ao perguntar ao assassino porque é que tinha atacado a mulher, a resposta foi surpreendente.

"Matei-a porque quis", terá afirmado o filho de Masamichi Aoni que é presidente da Assembleia de Nagano.

Barricado em casa, mãe refém. À chegada da polícia — equipada com armaduras e escudos — ao bairro residencial onde mora a família Aoki —, o assassino estava barricado dentro de casa. Terá aparentemente feito reféns a mãe e uma tia.

As imagens da televisão NHK mostram que horas depois, na madrugada, a mãe e uma tia tinham saído a correr da casa cercada.

O suspeito só se entregou à polícia na manhã de sexta-feira.

Bairro cercado. Os residentes no bairro tranquilo, com casas seletas e edifícios do governo local, nunca tinham passado por tamanho susto. A polícia cercou o bairro tranquilo, com casas seletas e edifícios do governo, através de altifalantes deu ordens para ninguém sair de casa. Entretanto, há notícias de que muita gente foi dormir em hotéis.

Um residente de meia-idade disse à estação televisiva NHK: "É uma grande tristeza ver uma coisa destas no meu bairro. Não dormi um minuto desde que isto aconteceu".

Menor taxa de crimes. O Japão é tido como um país seguro e a violência com armas de fogo é muito rara. Mais raro ainda é que polícias sejam vítimas e o último caso aconteceu há mais de trinta anos, indicam as fontes.

O homicídio do primeiro-ministro Shinzo Abe, em julho passado é considerado um evento raríssimo (Japão-Legislativas: "Em choque com assassinato de Abe", PM e Doma mantêm eleições de domingo, 09.jul.022).

Fontes: Kyodo/Japan Times. Fotos: A polícia cercou o local e através de altifalantes deu ordens para ninguém sair de casa. Entretanto, há notícias de que muita gente foi dormir em hotéis.