Nomeado em setembro, Kenji Kanda tinha vindo desde 2013 a falhar nas contribuições fiscais e teve bens penhorados em quatro ocasiões nos últimos dez anos.
Fumio Kishida perante esta que é a terceira demissão no seu gabinete, em apenas um mês, disse: "Acredito firmemente que temos de merecer a confiança dos cidadãos através da nossa conduta na governação. Estou a assumir inteiramente as minhas responsabilidades pelo erro de indicar o ministro (Kanda)".
Dieta e OE
A demissão no topo do Ministério das Finanças, a um mês da sessão do parlamento (Dieta) de 13 de dezembro que vai discutir o OE-Orçamento de Estado, coloca mais pressão ao primeiro-ministro.
Kishida enfrenta uma forte queda de popularidade nesta semana em que se prepara para a cimeira da APEC em San Francisco, depois dos sucessivos escândalos no seu gabinete mas também no LPD onde a ex-ministra da Administração Interna se demitiu após comentários como "as minorias sexuais não fazem bebés, são improdutivas". De regresso à bancada parlamentar, a atual deputada Mio Sugita (foto à esqª) reincide.
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Fontes: Reuters/Japan Times/DW.de/AP/NHK/BBC. (Fotos à esquerda: o ministro Kenya Akiba, do Ministério da Reconstrução criado na sequência do desastre de Fukushima em 2011, demitiu-se em dezembro passado acusado de ter laços com a Igreja da Unificação do reverendo Moon e de fazer pagamentos ilegais a subordinados e dependentes (esposa, mãe); Mio Sugita, ministra da Administração Interna demitiu-se também em dezembro de 2022 após dar likes a "comentários atentatórios dos direitos humanos de minorias étnicas e sexuais", segundo a sentença do tribunal de Tóquio que a multou em meio milhão de ienes (c.500 mil CVE). A agora deputada enfrenta nova acusação: três cidadãs da Coreia do Sul residentes em Osaka acusam-na de proferir comentários xenófobos.