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Japão recorda 78º ano de Hiroxima — PM critica ameaças da Rússia de usar armas nucleares 06 Agosto 2023

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, criticou as ameaças da Rússia de usar armas nucleares, neste domingo 6 do septuagésimo-oitavo aniversário do lançamento da bomba atómica sobre Hiroxima.

Japão recorda 78º ano de Hiroxima — PM critica ameaças da Rússia de usar armas nucleares

"O Japão, como única nação que sofreu bombardeios atómicos na guerra, prosseguirá com os esforços em prol do mundo livre de armas nucleares", afirmou o primeiro-ministro japonês.

"O caminho para alcançar esta meta torna-se cada vez mais difícil pelas profundas divisões na comunidade internacional sobre o desarmamento nuclear e devido à ameaça nuclear da Rússia", lamentou.

"Diante desta situação, é ainda mais importante recuperar o impulso internacional para alcançar um mundo livre de armas nucleares", acrescentou Kishida.

A denúncia do primeiro-ministro japonês que aponta o provável uso de armas nucleares por parte da Rússia não é de hoje. Na sua missão contra a proliferação de armas nucleares, Fumio Kishida tinha-o já indicado no seu primeiro discurso na conferência ONU contra as armas nucleares em agosto do ano passado, em Nova Iorque.

O protesto anti-nuclear há um ano tornara-se ainda mais urgente no atual contexto em que a Rússia, que invadiu a Ucrânia, não escondeu a intenção de vir a fazer uso do seu arsenal nuclear.

A cerimónia do aniversário de Hiroxima arrancou como sempre às oito horas e um quarto (menos 11 H em Cabo Verde). A mesma hora em que, em seis de agosto de 1945, caía a primeira bomba atómica sobre a cidade japonesa.

Hiroxima, a maior destruição em massa no país do sol nascente

O Japão, potência asiática, entrara na Segunda Guerra Mundial com um ataque, em 7 de Fevereiro de 1941, aos americanos, que quatro anos depois poriam fim à guerra com os bombardeamentos de Hiroxima, dia 6, e Nagasáqui, dia 9, em agosto de 1945.

Segundo a atualização feita pela autoridade municipal, em março corrente, um total de trezentas e vinte e quatro mil e cento e vinte e nove pessoas — e não apenas as cento e quarenta mil da contagem anterior — morreram em Hiroxima, setenta mil em Nagasáqui.

"Deixo aqui o apelo, nesta cidade de Hiroxima, onde estamos a orar pela paz, para o nosso país tudo fazer para a realização dum mundo sem armas nucleares e paz duradoura", repetem os chefes do governo central e de Hiroxima todos os seis de agosto.

Fontes: Kyodo News/Japan Times/The Associated Press. Fotos: Projeto que leva sobreviventes às escolas para falar da paz. A Cúpula da Bomba Atómica —agora Memorial da Paz — foi a única edificação que ficou de pé na área onde a bomba atómica explodiu na manhã de 6 de agosto de 1945.

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