João Branco, que vem desempenhando o cargo de presidente da associação desde a sua fundação em 25 de abril de 1996, com exceção dos anos de 2014 e 2017, avançou em exclusivo ao Asemanaonline que, o percurso, o trabalho e a importância da Associação Mindelact no panorama cultural cabo-verdiano e no contexto africano, “é inquestionável e reconhecido por todos os sectores”.
“Eu e todos os colegas que durante todos estes anos têm dado o seu contributo, tantas vezes com bastante sacrifício, o fazem em regime de voluntariado, sempre”, salienta este dirigente que enfatiza o reconhecimento que têm tido ao longo dos anos pelo “Governo de Cabo Verde, pela Câmara Municipal de S. Vicente e pela Presidência da República, ao mais alto nível (nos casos do governo e da presidência, com condecorações)”.
“Agora é continuar a trabalhar, num contexto muito, muito difícil e o continuar a dar o nosso contributo para o desenvolvimento das artes cénicas cabo-verdianas. Dar o melhor que temos e que podemos, é o que se pode prometer neste contexto”, realça João Branco, lembrando que “esta é uma estrutura que não é, nem nunca foi profissionalizada”.
A associação, anualmente, realiza entre uma e duas assembleias gerais para a apresentação de contas, fazer o balanço de atividades, nomeadamente do Festival de Teatro e de Março mês do teatro e a atribuição do prémio de mérito teatral que é concedido a 27 de março, dia mundial do teatro.
“É um prémio muito importante no âmbito das artes cénicas que, é entregue em Cabo Verde nesta data, mas a sua decisão para a atribuição do premio é sempre tomada em sede da Assembleia-geral, ou seja, é um conjunto de sócios que decide pela atribuição deste prémio”, explica.
A mesma fonte relembra que em 2020 não foi realizada a Assembleia-geral, nem a atribuição do prémio de mérito teatral e que também no mesmo ano, em março, era para eleger um novo corpo diretivo, o que não acabou por acontecer devido a situação de pandemia de Covid-19.
“Digamos que o nosso mandato se prolongou extraordinariamente por mais um ano e, portanto, vamos agora proceder à renovação da equipa”, acrescenta.
O presidente da associação garante que existe um grande esforço e dedicação dos agentes teatrais de Cabo Verde, mas apela aos artistas a não pararem, e continuarem a fazer as suas atividades, “embora não possamos ver uma organização mais robusta por causa da situação que vivemos neste momento”, conclui João Branco.
AC/Redação