Dirigindo-se particularmente aos jovens num comício na rua de Lisboa, José Maria Neves sublinhou que as eleições de 17 de Outubro são “extremamente importantes”, pois os cabo-verdianos estão a decidir o futuro do país para os próximos anos.
“É fundamental irmos às urnas e levarmos os nossos familiares, os nossos vizinhos e amigos. É importante com esta crise resolvermos estas eleições na primeira volta, no dia 17, sem a necessidade de irmos para uma segunda volta. Portanto estou a pedir aos cabo-verdianos para irmos às urnas e fazer a escolha certa”, disse.
José Maria Neves lembrou que em disputa estão sete candidatos, mas sublinhou que é preciso um voto inteligente e no candidato que dá mais garantias ao país.
“É fundamental irmos votar com inteligência e não irmos atrás dos políticos sem escrúpulos que aparecem nas vésperas das eleições para manipular-nos no dia e depois esquecer dos nossos sentimentos e aspirações” sustentou.
O candidato de “Djunta Mon kabésa e Korason”, garantiu que a sua eleição não representará nenhum problema de instabilidade no país, pois trabalhará com o Governo de Ulisses Correia e Silva e todas as câmaras municipais de forma coordenada e respeitando a vontade do povo cabo-verdiano.
“Não é o Presidente da República que escolhe o Governo. Quem escolhe o Governo e as câmaras municipais é o povo e um Presidente que é democrata respeita a escolha do povo e vai trabalhar, ajudar, sugerir e aconselhar para que o Governo trabalhe bem, sobretudo, que encontre as melhores soluções”, disse.
Por outro lado, reiterou que pela sua experiência de governação e percurso político está melhor preparado para garantir a estabilidade e o equilíbrio na governação nos próximos anos, já que nos 15 anos que foi primeiro-ministro trabalhou com três presidentes de áreas políticas diferentes, com percurso e ideário político e projecto de vida completamente diferentes.
“Apesar das diferenças, não houve nenhum problema de instabilidade. Pelo contrário, garantimos o equilíbrio, a estabilidade e, sobretudo, garantimos soluções para o desenvolvimento de Cabo Verde”, sustentou, assegurando que se for eleito será um presidente imparcial, aberto a todas as sensibilidades políticas e sociais.
Aos sanvicentinos voltou a prometer a devolução do Palácio do Povo à Presidência da República e estar uma semana de cada mês na ilha de São Vicente para ouvir o pulsar da ilha e poder estar sintonizado com os problemas, dificuldades e exigências das pessoas.
Garantiu ainda que “José Maria Neves Presidente” trabalhará para ter mais equilíbrio de poder entre as ilhas e garantir que mais recursos sejam transferidos para as ilhas.
“Com a minha presidência aberta e presente em todas as ilhas estarei a dar o exemplo que há necessidade não só o de acelerar a descentralização como também a desconcentração do poder”, indicou.
Neste último dia de campanha José Maria Neves regressa à ilha de Santiago onde tem agendado um desfile de carro para o interior de Santiago e dois comícios de encerramento sendo um em Assomada e outro na cidade da Praia.
Nas presidenciais do dia 17 de Outubro concorrem outros seis candidatos – Fernando Delgado, Gilson Alves, Carlos Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.
As últimas eleições presidenciais em Cabo Verde ocorreram no dia 02 de Outubro de 2016, com três candidatos (Albertino Graça, Jorge Carlos Fonseca e Joaquim Monteiro). Venceu Jorge Carlos Fonseca na primeira volta com 74% dos votos, para um segundo mandato. A Semana com Inforpress