Foi com um vídeo nas redes sociais que Prigozhin criticou a elite dirigente sediada no Kremlin — "gatos gordos sentados em gabinetes de luxo" — e anunciou que no dia 10 deixam Bakhmut "para lamber as nossas feridas". Palavras fortes para expressar o sentimento de derrota dos combatentes paramilitares.
Nesse vídeo divulgado na plataforma Telegram, as críticas têm dois destinatários nomeados. "Shoigu, Gerasimov, onde está a munição?", questionou Prigozhin, dirigindo-se diretamente ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e ao chefe das Forças Armadas, o general Valery Gerasimov.
"Falta-nos 70 por cento da munição necessária", afirmou Prigozhin enquanto com uma simples lanterna mostrava "os cadáveres caídos perto do que parece ser a linha de frente da guerra", segundo a Reuters.
"Estes são os rapazes que morreram hoje, o sangue ainda está fresco", disse. "Vieram aqui como voluntários e estão a morrer para que vocês possam sentar-se como gatos gordos nos vossos gabinetes de luxo".
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Fontes: Reuters/Telegram/BBC/AP. Fotos (Telegram/Reuters): Prigozhin ao centro do grupo Wagner denuncia a falta de munições e a consequente chacina dos rapazes que morreram hoje. Gabinetes do Kremlin. Prighozin até há três anos era o ’chef’ (de luxo) do presidente Putin.