A partir de agora a vacina estará disponível em todas as estruturas de saúde da atenção primária do país e o Ministério da Saúde pretende alcançar pelo menos 95% das crianças com nove meses vacinadas com a 2ª dose de VPI até o final do ano de 2023.
O propósito da vacinação passa também por contribuir para a erradicação da Poliomielite na região e no mundo, tendo, a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, que presidiu ao lançamento do acto, garantido que Cabo Verde já está capacitado com a cadeia de frio adequada e do stock de vacinas necessárias para a vacinação, pelo que se trata de “mais um dia histórico” para o sistema nacional da Saúde.
Na ocasião, a governante destacou, igualmente, a importância da vacinação, uma intervenção em Saúde que se provou ser das “mais” seguras, económicas, eficazes e que “mais” salvou vidas na história da medicina.
Filomena Gonçalves recordou que Cabo Verde foi certificado País livre de poliomielite em 2016, um marco de “extrema importância” para Cabo Verde, mas, tal como acontece no mundo, o País junta-se à iniciativa global da erradicação da poliomielite.
Portanto, salientou, não obstante os desafios financeiros que o País tem enfrentado, o Governo tem feito um “esforço titânico” para não só consolidar a certificação do País livre de poliomielite, mas caminhar para a sua erradicação.
“Além da erradicação da poliomielite também procuramos a eliminação do sarampo, rubéola, síndrome rubéola congénita, a eliminação do tétano materno e neonatal, a prevenção e controlo do cancro do colo de útero entre outras doenças consideradas prioridades para salvaguardar a saúde pública”, acrescentou a ministra da Saúde.
Por seu lado, a encarregada do escritório da Unicef, Sallete Bettecourt, reconheceu que Cabo Verde sempre aderiu às iniciativas mundiais e regionais da vacinação com empenho político e esforços técnicos “consideráveis e apreciáveis”, tendo citando a alta taxa de cobertura vacinal que se mantém acima dos 90% e a declaração do País livre da poliomielite.
No entanto, apesar dos resultados obtidos, diz que a organização está ciente dos desafios inerentes há continuidade de esforços técnicos e financeiros para manutenção e monitorização dos bons indicadores.
“Por isso, estamos aqui hoje a revelar mais uma vez a vontade política e demonstra a crescente e reconhecida consciencialização da sociedade cabo-verdiana face a esses desafios a conquista dos objectivos preconizados pela vacinação”, sublinhou Sallete Bettencourt.
Reiterou, de igual modo, o engajamento da Unicef em continuar a colaborar com o Governo em sinergia com a OMS numa abordagem integrada para a realização das intervenções na introdução da segunda dose da vacina Pólio Inativa para se alcançar o almejado mundo livre da poliomielite, sem deixar nenhuma criança para trás.
A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato directo com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia.
A Semana com Inforpress