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Licença de maternidade em Macau “muito abaixo” do padrão da Organização Internacional do Trabalho 20 Maio 2023

A deputada de Macau Ella Lei Cheng I pediu esta sexta feira ao Governo o aumento gradual do período da licença de maternidade no território, “ainda muito abaixo” do estabelecido pela Organização Internacional do Trabalho.

Licença de maternidade em Macau “muito abaixo” do padrão da Organização Internacional do Trabalho

Com a entrada em vigor da primeira lei laboral no território, em 1984, “as garantias das mulheres melhoraram, mas ainda há muito para fazer”, começou por dizer a deputada numa intervenção esta tarde na Assembleia Legislativa de Macau.

“A licença de maternidade remunerada, que inicialmente era de 30 dias, só ao fim de 40 anos é que passou para apenas 70 dias e, mesmo assim, é inferior aos 90 dias das funcionárias públicas, e em comparação com o interior da China, Hong Kong e muitos outros países e regiões ainda estão em falta muitos dias”, notou.

Além disso, continuou a deputada da Federação das Associações dos Operários de Macau, encontra-se “ainda muito abaixo do padrão estabelecido na Convenção n.º 183 da Organização Internacional do Trabalho sobre a Proteção da Maternidade”, que define um período mínimo de 14 semanas.

Apesar das “constantes discussões e solicitações da sociedade” neste sentido, o Governo não apresentou “nenhuma proposta concreta para o aumento gradual” do período de licença das mães, lamentou.

Salientando ainda que a lei laboral prevê um regime de proteção das trabalhadoras, que estabelece a “proibição de as destacar para trabalhos inadequados durante a gravidez e no pós-parto, e de as despedir, unilateralmente e sem justa causa”, Ella Lei defendeu que este “mecanismo de garantia é manifestamente insuficiente, e o custo da violação das normas em causa é também bastante baixo”.

“Olhando para regiões vizinhas, verifica-se que as sanções são rigorosas para o despedimento sem justa causa e a designação das grávidas para trabalhos pesados e perigosos”, considerou.

A deputada notou ainda que termina em 25 de maio o período de três anos para a atribuição de um subsídio complementar à remuneração paga na licença de maternidade, estabelecido quando foi revista a lei das relações de trabalho, em vigor desde 2020.

Neste sentido, a responsável apelou ao executivo de Ho Iat Seng para “aproveitar a oportunidade de revisão do subsídio” para “estudar o prolongamento da licença de maternidade e a otimização das normas que garantem o direito à procriação”.

A Semana com Lusa
Fotografia: Sapo 24

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