Em declarações à Inforpress, na Cidade da Praia, Rui Semedo afirmou que a questão das pragas é “uma eventualidade que poderá acontecer a qualquer momento” e que, portanto, “no âmbito da preparação do ano agrícola, ainda antes das chuvas, o Governo deveria ter preparado todos os recursos para fazer face ao combate das pragas”.
“Não estavam todas as condições criadas, mas esperamos que, mesmo assim, o governo aja rapidamente e consiga fazer face a essa situação que, digamos, prejudica, quebra as esperanças, desmotiva e desmobiliza os agricultores que já estavam esperançados, porque, mesmo que não chova tanta, já havia alguma esperança”, acrescentou.
Agora, entende Rui Semedo citado pela Inforpress, que o governo deve ter a capacidade de mobilizar a sociedade inteira e disponibilizar todos os meios necessários para fazer face às pragas, isto porque, conforme enfatizou, “os cabo-verdianos demoraram muito tempo à espera das chuvas”.
“Com fé e esperança, depositaram a semente à terra, as plantas começaram a nascer e se não se combater a praga seria uma grande machadada na esperança dos cabo-verdianos”, acrescentou.
Finalizando, o também líder parlamentar do PAICV disse que o seu partido faz votos e preces para que chova, para que as pragas sejam combatidas e para que haja ainda um ano agrícola que satisfaça as expectativas e esperanças dos camponeses.
Entretanto, o Governo declarou a situação da praga de gafanhotos que está a afectar a cultura em algumas ilhas do país como um caso de emergência.
Neste sentido, o Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) anunciou o reforço da campanha de combate com o apoio dos militares.
O combate à praga com o reforço dos militares começou hoje na zona de Ribeirão Chiqueiro, em Santiago, uma das zonas semiáridas que começaram a ser afectadas logo após a queda das primeiras chuvas. Brava, São Nicolau e São Vicente são outras ilhas atingidas.
Na mesma nota de imprensa, a tutela explicou que durante um período de seca é frequente e natural a explosão de população de uma determinada praga devido essencialmente ao desequilíbrio do ecossistema frágil do meio rural do país, refere a Inforpress.