José Maria Neves fez essa afirmação no discuro de abertura da sessão solene para assinalar o centenário de nascimento de Arisides Pereira, primeiro presidente da Republica de Cabo Verde.
“Os atributos que encontramos nesta figura ímpar, que foi o primeiro chefe de Estado cabo-verdiano, um ser humano gerador de amplos consensos, podem dar o mote para introduzir um oportuno debate sobre a história contemporânea de Cabo Verde”, apontou.
Durante o seu discurso, considerou que as lideranças da geração de Aristides Pereira deixam referências para os tempos actuais.
“Devemos valorizar o contributo do homenageado e da sua geração, não só por a conquista da independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, mas também para a construção do Estado e do progresso social no nosso país”, defendeu.
O chefe de Estado destacou por isso a importância dessa celebração e ressaltou a necessidade de preservar a memória das figuras que moldaram a história da nação cabo-verdiana nas mais variadas áreas.
“A minha esperança é de mudarmos a relação que ainda temos com os nossos heróis de todos os tempos”, perpectivou José Maria Neves, observando que Cabo Verde é tributário das inúmeras qualidades ” que este seu filho de personalidade discreta e austera conseguiu colocar ao serviço do país, especialmente enquanto primeiro presidente da República”.
A sessão solene testemunhou também uma conferência sobre a vida e a obra de Aristides Pereira e o lançamento do livro “Aristides Pereira, Recordando o Homem, Edificando a História”, uma edição da Fundação Amílcar Cabral que contou com o alto patrocínio do Presidente da República.
Natural da Boa Vista, nascido a 17 de Novembro de 1923, Aristides Pereira foi o primeiro Presidente da República de Cabo Verde independente, cargo que ocupou até às eleições democráticas de 1991, as primeiras eleições livres no país.
Aristides Pereira nasceu a 17 de Novembro de 1923, na ilha da Boa Vista e faleceu a 22 de Setembro de 2011, em Portugal, aos 88 anos, vítima de doença prolongada. A Semana com Inforpress