Anísio Évora falava em conferência de imprensa, em reacção à “crise” provocada na rota São Vicente/Santo Antão, após a entrada em vigor da nova tabela de preços, que ditou o aumento do preço para o transporte de viaturas de 5.400 escudos para 15.250 escudos por veículo.
“O mecanismo de mercado da oferta e procura vai ditar o preço final a pagar. Nós definimos a tarifa base. A CVI está a aplicar a legislação e, de acordo com as pesquisas que já fizemos no mercado, a Naviera Armas, por exemplo, ainda não está a aplicar”
Segundo o director Nacional das Políticas do Mar os novos preços não decorrem da actualização tarifária, mas da mudança da metodologia de cálculo do preço final feito através de critérios comerciais pelos operadores que há muito a reclamavam “em nome da sustentabilidade do negócio”.
Com relação ao impacto socioeconómico, assegurou que “a equipa da DNPM está a trabalhar 24 sob 24 horas para encontrar as medidas de regulação que façam necessárias e, no âmbito das suas atribuições, está a fazer a análise dos preços aplicados em todas as linhas de modo a não exceder à tarifa proposta”.
Conforme Anísio Évora, “se necessário serão estabelecidos preços máximos”, porque estão “cientes de que a metodologia estabelecida por metro cúbico, por tarifa base, é inviável nesta linha devido à dinâmica do transporte de carga historicamente estabelecida”.
O mesmo lembrou que a última “ actualização da tarifa dos transportes para carga foi feita em 2006 e para passageiros em 2012 e nesse intervalo a conjuntura macroeconómica mundial e do País mudou substancialmente”. A Semana com Inforpress