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Linhas Aéreas de Moçambique passam gestão para comissão internacional 06 Abril 2023

O Ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano anunciou na quarta-feira que as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) vão passar a gestão para uma comissão internacional para revitalização da companhia.

Linhas Aéreas de Moçambique passam gestão para comissão internacional

“A partir deste mês, a LAM vai estar sob responsabilidade de uma comissão de gestão. São gestores internacionais, que vão trabalhar com a gestão atual para melhorar o valor da LAM”, declarou Mateus Magala, durante uma conferência de imprensa em Maputo.

A transportadora aérea estatal moçambicana tem enfrentado nos últimos anos problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.

Segundo Mateus Magala, a comissão que vai assumir a LAM vai trabalhar num prazo mínimo de seis meses e máximo de um ano, com o apoio dos atuais gestores da companhia de bandeira moçambicana.

“Todos gestores que consultamos disseram-nos que a marca LAM tem muito valor e o mercado onde ela opera tem potencial, o que precisamos de fazer é uma restruturação, realinhar, cortar gorduras e colocá-la numa situação financeira agradável”, declarou.

Dados oficiais indicam que a LAM tem uma dívida estimada em 300 milhões de dólares (275 milhões de euros).

Uma análise do Centro de Integridade Pública (CIP), organização não-governamental moçambicana, divulgada no final do ano, apontou a LAM como uma das empresas tecnicamente insolventes do setor empresarial do Estado - a sobreviver de injeções de capital e de garantias estatais para responder perante os credores, e, como tal, representando um elevado risco para a dívida pública.

Além da LAM, segundo o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, outra empresa pública que vai ser restruturada é a operadora de telecomunicações Tmcel, que passa agora a estar na responsabilidade do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) até a chegada dos gestores que vão apoiar a restruturação.

“Vamos trazer uma comissão de gestão muito em breve, no máximo até o próximo mês, mas enquanto isso o IGEPE está lá a gerir o dia-a-dia da empresa”, declarou Mateus Magala.

A situação crítica que a Tmcel atravessa, com registo de atrasos no pagamento de salários e uma dívida superior a 270 milhões de euros, tem sido matéria recorrente na comunicação social, alimentada por cartas de repúdio dos trabalhadores contra a gestão, depois de a empresa ter sido a primeira operadora de redes móveis em Moçambique, num contexto de monopólio, e de já ter figurado entre as mais importantes do país.

A Semana com Lusa

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