As imagens difundidas pela televisão russa mostram o início da reunião de quatro horas e dez minutos entre os presidentes — um tête-à-tête à distância dos largos metros da mesa branca, como obriga a Covid.
Em conferência de imprensa cerca das 21 horas, Emmanuel Macron e Vladimir Putin afirmaram que "os próximos dias serão decisivos" e que irão "continuar juntos a discutir intensamente as soluções" para a atual crise com a Ucrânia.
O presidente russo avançou que algumas das propostas do presidente Macron "podem ser a base para os próximos passos que iremos dar juntos". Que propostas? Ambos preferiram não avançar mais, considerando que "ainda é cedo para falar sobre isso".
Putin e Macron avançaram contudo que voltarão a conversar após o encontro de Macron na terça-feira com o presidente Volodymyr Zelensky, na capital ucraniana.
Putin repetiu, mais tarde, que a Europa arrisca entrar num conflito maior caso apoie a Ucrânia na sua pretensão de aderir à Nato e de recuperar pela força a Crimeia — que a Rússia anexou em 2014.
"Vocês querem a França a entrar em guerra com a Rússia?", perguntou aos repórteres franceses. "É isso que pode acontecer — e não vai haver vencedores", rematou Putin.
Fontes: France24/BBC/Le Monde/Sputnik. Reunião no Kremlin, com Macron a fazer de mediador na escalada do conflito russo-ucraniano, durou até às 22H40 locais.