Miguel Rosa justificou a sua afirmação, apontando que cerca de 80 por cento da população maiense que vive nas localidades não tem acesso à rede móvel e nem à internet. Aproveitou a ocasião para exortar as entidades com responsabilidade no setor a melhorarem este tipo de serviço, de modo a que a população e principalmente os jovens possam comunicar entre si e com o mundo.
Aquele autarca salientou, por outro lado, que este tipo de infoexclusão remete ainda para outro tipo de exclusão, tendo em conta que este é um fator multifacetado, precisando que, por exemplo, “se um jovem da localidade de Cascabulho não tiver acesso à internet está excluído do mundo digital, está excluído do mundo das informações e não está a ter a mesma oportunidade que um outro da Cidade da Praia”.
Acrescentou ainda que um jovem sem possibilidade de ter acesso à internet, poderá estar excluído do mundo do emprego, apontando que isso poderá levar até à “estigmatização”, tendo em conta que hoje a internet é considerada como um bem básico.
Miguel Rosa lembrou que o acesso à internet está plasmado nos objetivos do desenvolvimento sustentável, o que, na sua opinião, tem também prejudicado duplamente a questão do género, frisando que normalmente na ilha do Maio, as mulheres são donas de casa e não tendo acesso à tecnologia digital, também ficam excluídas do acesso à informação e a comunicação.
A Semana com Inforpress