“Batucadeiras, homens e mulheres vamos reunir neste encontro para ouvir batuku, aprender mais sobre batuku (…)”, convidou o ministério de Cultura numa publicação feita nas redes sociais, dando conta que o terreiro vai das 10:00 às 17:30.
No entanto, numa outra ocasião, o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, já tinha proferido sobre este evento que contribuirá para a possível classificação do Batuku como património da humanidade.
“Nós iremos organizar (…) aquilo que nós convencionamos chamar um pouco ambiciosamente o maior terreiro do Batuku do mundo em Santa Catarina”, disse.
O objectivo, segundo o governante, é levar todos os grupos de batuku da ilha de Santiago e da ilha do Maio para “um dia de batuku”, onde estarão presentes todos os géneros do batuku desde o finaçon ao canto do batuku, à cimboa do batuku, o papel da mulher no batuku à dança do batuku e os grandes autores masculinos também no batuku.
“De certa forma começaremos com este grande evento um processo de internacionalização e promoção do batuku como um dos géneros musicais também ligados à nossa ancestralidade sendo o batuku provavelmente o primeiro género musical a ser criado genuinamente pelos cabo-verdianos na Cidade Velha”, enfatizou Abraão Vicente.
Conforme mencionou na altura, a morna é património da humanidade, classificada por ser um género “profundamente enraizado”, mas o batuku tem uma “força brutal”, com mais de 100 grupos de batuku registados no País, sublinhou.
Por isso, Abraão Vicente acredita que, concluindo o seu processo de classificação do batuku como património imaterial nacional, o Ministério da Cultural e o Instituto do Património Cultural (IPC) deverão atentar-se para a sua possível classificação como património da humanidade.
A Semana com Inforpress