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Mais de 7.600 cidadãos da CEDEAO entraram em Cabo Verde em 2022 – polícia 02 Fevereiro 2023

Um total de 7.632 cidadãos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) entraram em Cabo Verde em 2022, segundo informação divulgada pela Polícia Nacional (PN) e consultada hoje pela Lusa.

Mais de 7.600 cidadãos da CEDEAO entraram em Cabo Verde em 2022 – polícia

Em comunicado, a Direção de Estrangeiros e Fronteiras da Polícia Nacional (DEF) cabo-verdiana informou que do total de cidadãos dessa comunidade que entraram no país, 2.920 foram senegaleses, e, destes, foi recusada a entrada no território nacional a 118.

A nota da polícia cabo-verdiana surgiu na sequência de notícias que davam conta da recusa de entrada no arquipélago de duas cidadãs senegalesas, com a mesma fonte a esclarecer que as mesmas não preenchiam os requisitos legais para a entrada.

De acordo com os dados preliminares do primeiro inquérito sobre população estrangeira e imigrante em Cabo Verde, publicados em dezembro, a população imigrante ou estrangeira em Cabo Verde é de 2,2%, correspondendo a 10.869 pessoas legalizadas, e os guineenses, senegaleses e portugueses são as maiores comunidades estrangeiras residentes no arquipélago.

A maioria dos estrangeiros e imigrantes residentes em Cabo Verde (60,5%) tem a nacionalidade de um país da CEDEAO, com destaque para os guineenses, senegaleses, nigerianos, guineenses da Guiné-Conacri e gambianos.

Seguidamente, 17,6% dos estrangeiros são europeus, sendo na sua maioria portugueses e italianos, enquanto 8,6% são americanos, 8% são de outros países africanos, como São Tomé e Príncipe e Angola, e 4,9% são asiáticos, na sua maioria chineses.

O Governo de Cabo Verde iniciou em 15 janeiro de 2022, e por um período de seis meses, a regularização extraordinária de cidadãos estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da CEDEAO, mas cidadãos de qualquer outra nacionalidade também poderiam aceder a este processo de legalização.

No final desse período, foi anunciado que o país recebeu 5.830 pedidos de 58 nacionalidades diferentes no âmbito deste processo e que 750 títulos de residência já tinham sido emitidos.

Em 2011, o Governo cabo-verdiano abriu um período de regularização extraordinária exclusivamente para os imigrantes guineenses, e em 2015 extensivo a todos os estrangeiros residentes no país, mas tiveram pouca adesão.

Para o último período, foram pedidos apenas quatro documentos, nomeadamente a identificação nacional, o registo criminal de Cabo Verde, cadastro policial e o comprovativo da situação económica.

O processo individual teve o custo de 1.500 escudos (13,70 euros), a que acrescem 500 escudos (4,50 euros) por cada membro do agregado familiar.

O Governo cabo-verdiano pretendeu com este processo facilitar a atribuição de autorização de residência temporária ou a sua renovação aos estrangeiros que estejam a residir no país de forma continuada há pelo menos um ano.
A Semana com Lusa

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