«Estas manifestações mostram que os professores estão descontentes com o governo e dispostos a lutarem pelos seus direitos. A partir de março, vamos prosseguir a luta, sem tréguas, com greve nacional e manifestação, até que o governo mude de posição e resolva os vários pendentes que bloqueiam a implementação normal do Estatuto de Carreira do Pessoal Docente», vai avisando o presidente do Sindicato Nacional de Professores.
Jorge Cardoso considera que, de um modo geral, o seu sindicato está satisfeito com a aderência dos professores nos protestos desta terça-feira em Santiago, São Vicente e Santo Antão. Estima que mais de 1200 professores participaram nesta jornada de luta sindical, apesar das investidas do poder contra os protestos e a situação pandémica no país.
Na Praia, a manifestação, que partiu por volta as 10 horas do largo de centro social 1º de Maio, na Fazenda, contou, segundo a organização, com mais de 200 professores e culminou com a concentração, durante alguns minutos, dos participantes junto do palácio do governo, na Várzea.
Munidos de dísticos e cartazes, os presentes gritavam, em uníssono, de entre outras palavras de ordem, « Djá sta bom de abuso; Resolução dos pendentes já! Basta de abuso do poder; O Sindep exige do governo subsídio pela não redução da carga horária, evolução na carreira e reclassificações; Reajuste salarial já».
Já em São Vicente registou-se uma participação massiva dos docentes: mais de 800, segundo a organização. Em Santo Antão aconteceu duas manifestações, uma no Porto Novo e outra no Paul/ Ribeira Grande. A organização estima que mais de 150 professores participaram nestas jornadas laborais nos dois concelhos da ilha das Montanhas (ver peças sobre São Vicente e Santo Antão neste jornal).