“Trata-se de uma candidatura do povo para o povo e conta com o apoio dos jovens”, afirmou, segundo a Inforpress, o candidato, em conferência de imprensa no bairro de Lém-Ferreira, na Cidade da Praia, onde reside.
Instado com que apoio conta a candidatura dele, informou que a sua base é a “força da juventude”.
“Podíamos ter apoios partidários, mas não queremos cumplicidade”, afirmou, reiterando que quer contar com os cabo-verdianos.
Relativamente às assinaturas para viabilizar a sua candidatura junto do Tribunal Constitucional, mostrou-se ciente de que 60 dias antes das eleições terá os dados “prontos para serem entregues”.
“Vamos ter mil ou mais assinaturas para serem entregues no Tribunal Constitucional”, admitiu Osvaldo Barbosa.
Quanto ao seu projecto presidencial, prefere, conforme explicou, apresentá-lo “na hora H”.
Sobre as razões que motivaram a sua candidatura, afiançou que na origem está o “coronavírus, o estado de emergência e a quarentena”.
“Sentimos a ausência da Assembleia Nacional, Governo e Presidente”, apontou, segundo ainda a Inforpress, referindo-se à situação da pandemia no País.
Para ele, a democracia cabo-verdiana é ainda “muito jovem” e esta é, também, uma das razões que o levaram a pensar na candidatura ao cargo de Presidente da República porque, defendeu, “é nosso direito”.
“Durante o estado de emergência, o Presidente da República devia estar mais próximo do povo para lhe levar fé e esperança. Vimos esta gente a fugir”, lamentou, observando que os cabo-verdiano, em particular os jovens, sentiram falta destas entidades.
“Se for eleito Presidente da República, a primeira coisa que peço a Deus é para me dar inteligência para ser aquele Presidente guardião da Constituição da República de Cabo Verde”, lançou Osvaldo Barbosa, lembrando que o seu propósito é o de “servir o povo cabo-verdiano e não ficar sentado no escritório, enquanto o povo sofre”.
Perguntado se não teme as candidaturas, como de José Maria Neves e Carlos Veiga, respondeu nesses termos: “Claro que não. Temos a força da juventude que é o motor da economia cabo-verdiana. Os senhores Carlos Veiga e José Maria Neves foram bons primeiros-ministros, mas serão bons presidentes”, questionou.
Na corrida eleitoral, Osvaldo Barbosa terá pela frente outros candidatos como o ex-primeiro-ministro, Carlos Veiga, (1991 a 2000), e ex-presidente do Movimento para a Democracia (MpD, no poder), o antigo chefe do Governo José Maria Neves (2000 a 2015) e antigo presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, o deputado Hélio Sanches, eleito nas listas do MpD, o professor universitário Daniel Medina, o empresário Marcos Rodrigues, Péricles Tavares, licenciado em Ciências Políticas e Relações Internacionais e tem uma longa experiência da emigração, e o engenheiro naval Fernando Rocha Delgado, lembrou a Inforpress.