O menino estava a brincar, perto do local onde o pai trabalhava num olival perto de casa, quando caiu no poço, "no preciso momento em que tirei os olhos de cima dele. Não tenho conseguido dormir". Foram estas as primeiras palavras de Khalid Awram, pai do pequeno Rayan.
As dificuldades do salvamento de Rayan foram acompanhadas por milhões em todo o mundo. Após os buldozers rasgarem a montanha, os socorristas começaram a escavar manualmente o o trecho final do túnel na horizontal, para poderem ter acesso ao fundo do poço onde Rayan esteve preso cinco dias após a queda de trinta e dois metros.
Tratou-se duma operação de grande envergadura que envolveu equipas multidisciplinares: além do pessoal socorrista e médico,contam-se engenheiros de diversas especialidades — geologia, hidrogeologia, espeleologia, construção civil, metalurgia.
O comunicado do palácio real cerca da meia-noite refere que "o rei Mohammad VI acompanhou toda a situação e deu instruções para usar todos os meios necessários para salvar a criança".
“Sem oxigénio só aguentaria minutos. Sem comida, aguentará semanas”. A urgência primeira foi enviar pela estreita abertura (foto ao alto) os meios para manter em vida a criança.
A foto ao alto, mais à esqª foi divulgada na quinta-feira. A criança estava ferida no rosto mas viva e assim continuou até à chegada da equipa médica que o examinou no local cerca das 19H locais (menos duas horas em Cabo Verde). Uma hora depois, o pai e a mãe, Wassima, entraram no túnel para ver o filho.
Os noticiários nesse início de noite de sábado divulgaram que Rayan apresentava "múltiplas fraturas, traumatismo craniano e lesões pulmonares". Mas esperava-se que ele sobreviveria — e a medicina iria completar o milagre.
Mas Rayan foi declarado morto pouco depois de chegar, cerca das 20:49 locais, ao hospital levado de ambulância (em vez do helicóptero, descartado por apresentar mais riscos").
Fontes: Gulf News/Al-Jazeera/CNN-TVI/Le Monde/SIC/BBC. Fotos: O trabalho hercúleo incluiu a confeção no local de manilhas (ao centro) para sustentar o terreno instável do túnel artificial. Ao final do quinto dia o mundo soube a triste nova: o menino Rayan foi declarado morto no hospital, pouco depois de o resgatarem do poço onde ficou cem horas após a queda de 32 metros.