A investigação que reuniu polícias de vários países europeus conseguiu penetrar a densidade do submundo da (ciber-)criminalidade organizada, segundo relata a imprensa da referência.
A face oculta do universo dominado pela barbárie só é igualada pelos “meios e recursos financeiros estratosféricos de que esses criminosos dispõem ajudados por banqueiros ocultos”, segundo revela Philippe Chadrys da PJ francesa.
Quem são? Plutocratas, cleptocratas da Europa, do Médio Oriente e com alcance global. Barões da droga sediados no reino dos Países-Baixos, França, Bélgica.
Todos protegidos pelos sistemas de telecomunicações da empresa canadiana Sky ECC. Tão caros quão infalíveis e indetectáveis, dado o serviço especial de encriptação que deletava as mensagens após os trinta segundos e se o utente enviasse uma palavra-passe de “pânico” o conteúdo era apagado de imediato.
“Em termos de criminalidade organizada, estamos muito aquém da realidade... longe do que podíamos imaginar”, afirmou Chadrys que é um dos responsáveis da polícia científica envolvida na investigação “que foi uma descida aos infernos”.
Chadrys descreve câmaras de tortura instalados em contentores nas cidades portuárias no reino dos Países-Baixos. O crime internacional “tem meios inimagináveis”, no coração das civilizadas capitais europeias.
Sky ECC nega
A empresa canadiana, que vende o sistema "100% seguro", tem ao longo deste ano desmentido notícias referentes à descoberta pela polícia de mensagens enviadas através desse reputado logicial.
Num comunicado recente, a Sky ECC «firmemente nega toda e qualquer alegação de que a sua é uma ‘plataforma muit procurada por criminosos’». Afirma que os seus clientes preferenciais são “celebridades e empresas que precisam de se defender do roubo de propriedade intelectual”.
Fontes: Le Figaro/Brussels Times/