"Pedimos à natureza chuva suficiente, comida suficiente, para que tenhamos peixes no rio", repetiu Sosa tal como os seus antecessores desde há milénios. É que a a pesca é a principal atividade económica da cidade na costa do Pacífico.
Após o "sim" sacramental, os munícipes imploram "Alcalde, un beso". E o eleito autárquico curva-se para a noiva, de sete anos e de vestido branco, para selar as núpcias com um beijo.
Ante a insistência dos seus eleitores, Sosa mais de uma vez curvou-se para colocar os lábios no focinho da noiva jacaré. Previamente amarrado para evitar mordidas indesejadas.
O ritual de casamento humano-réptil divino remonta a séculos pré-hispânicos entre as comunidades indígenas chontal e huave, no Estado de Oaxaca. A jacaré-divindade representa a mãe terra, e seu casamento com o líder local simboliza a união de toda a comunidade com o divino e fonte de prosperidade.
Fontes: Reuters/Heraldo de Mexico/.