De acordo com um comunicado daquele ministério, a embarcação deixou a localidade de Fass Boye, na região de Thiès, a 10 de Julho, com 101 passageiros a bordo.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Estrangeiro, em colaboração com as autoridades cabo-verdianas competentes, tomou as medidas necessárias para o seu repatriamento o mais rapidamente possível”, lê-se no comunicado assinado pela ministra adjunto do MAESE, Annette Seck N’diaye.

De acordo com informações do Centro Conjunto de Coordenação de Salvamento da Guarda Costeira de Cabo Verde, na segunda-feira, 14, por volta das 08:00, o centro recebeu uma chamada telefónica e posteriormente um correio electrónico do MRCC Madrid dando conta que um navio pesqueiro de nome ZILLARRI, de pavilhão espanhola tinha encontrado uma embarcação de cerca de 15 a 20 metros de comprimento com 48 pessoas a bordo, sendo que duas já cadáver.

Entre os 38 náufragos, sete inspiram maiores cuidados e foram encaminhados para o Hospital Regional Ramiro Figueira, tendo os restantes 31 a recebido cuidados primários ali mesmo no cais da Palmeira e depois encaminhados para um centro de acolhimento, montada numa escola local.

A ocorrência de embarcações chegando à costa tem se tornado cada vez mais frequente em Cabo Verde.

O caso mais recente ocorreu em Janeiro deste ano, quando uma piroga aportou na ilha da Boa Vista com 90 migrantes africanos a bordo, incluindo dois indivíduos já falecidos.

De acordo com o levantamento realizado pela Câmara da Boa Vista, entre os migrantes havia 56 senegaleses, 26 provenientes da Gâmbia, cinco da Guiné-Bissau, um da Serra Leoa, um da Guiné-Conacri e um do Mali.

Naquela ocasião, o Presidente da República, José Maria Neves, ressaltou a importância de criar condições preventivas para controlar a chegada de migrantes e garantir o devido acompanhamento.

No mês de Novembro, Cabo Verde e Senegal manifestaram o desejo de reforçar a colaboração bilateral e cooperar com outros Estados africanos para combater a imigração ilegal. Essa iniciativa veio logo após um incidente em que uma embarcação com 66 imigrantes senegaleses aportou na ilha do Sal.

A Semana com Inforpress