Amadeu Cruz que falava, em exclusivo, à Inforpress sobre a manifestação dos professores ocorrida quarta-feira e com adesão em todo o País, afirmou ainda que o Ministério acompanhou a manifestação com tolerância e educação, pois, a sua posição é “valorizar e respeitar os docentes”.
Afirmou que os sindicatos não comunicaram ao Ministério da Educação o motivo da greve, estando até agora à espera de um caderno reivindicativo, pelo que reitera sua disponibilidade para o diálogo e mantendo encontro com os representantes dos professores.
“E como os representantes da classe não comunicaram nada ao Ministério estaremos disponíveis, para no quadro do diálogo, já que ainda estamos a discutir o Orçamento do Estado para 2024, podermos realizar um encontro com a representação dos professores que organizaram a greve”, disse.
Garantiu que a intenção é auscultar os professores para que possa saber, de viva voz, quais as reivindicações, se estão em linha com a promoção das pendências que o Ministério tem estado a efectuar, com a perspectiva de revisão do Estatuto dos Professores e desenvolvimento das carreiras.
Tudo isso para, no quadro da gestão orçamental e das Finanças Públicas do País e economia nacional, dar respostas às reivindicações.
Questionado se é normal um professor passar 23 anos a leccionar sem fazer parte do quadro, Amadeu Cruz respondeu que as pendências existentes estão a ser resolvidas, tendo-se incluído na recalcificação docentes formados no Instituto Pedagógico (IP) e os com licenciatura.
Referiu que pode existir uma ou outra situação de professores que não foram integrados na carreira, mas que para isso é preciso rever o Estatuto da Carreira Docente.
“É possível haver algumas situações, mas temos de rever o Estatuto e encontrar solução no quadro da actual legislação ou na revisão da legislação”, disse, reiterando que o Ministério não teve acesso, até ainda, a nenhum caderno reivindicativo do grupo de professores para poder entender o que se passa.
Sublinhou ainda que na luta dos professores, antes do ano lectivo, tinham chegado a um entendimento com os sindicatos, pelo que afirma “estranhar” a manifestação de quarta-feira.
O Siprofis que diz ter abraçado a luta dos professores, promete sua participação na manifestação de 04 de Novembro, e frisou que entre as reivindicações da classe docente estão o pagamento do subsídio pela não redução de carga horária, transição na carreira, melhoria na carreira dos professores mestres e doutores, reclassificação, assim como uma nova grelha salarial e promoção automática antes da reforma.
A Semana com Inforpress