Jorge Santos deu essa garantia na noite desta quinta-feira, 25, depois de participar no encontro com a comunidade cabo-verdiana no Luxemburgo, no último ponto da visita de Estado de três dias do Presidente da República, José Maria Neves, ao Grão-Ducado do Luxemburgo, que decorreu de 23 a 25 de Maio.
“Estarei de volta ao Luxemburgo muito brevemente para falar do Estatuto do Investidor Emigrante e sobre o quadro de facilidades fiscais que existem para os investimentos, porque foram levantados um conjunto de questões no que diz respeito aos incentivos fiscais e também dos benefícios do Estatuto do Investidor Emigrante”, afirmou.
O governante assegurou que o seu regresso ao Luxemburgo, será também no sentido de abordar a questão do recenseamento geral na diáspora e do mapeamento da diáspora cabo-verdiana no Luxemburgo, porque é preciso conhecer a diáspora cabo-verdiana, saber quantos são, quem são e o que fazem para, a partir daí, poder “afirmar as políticas públicas”.
“Temos, no Luxemburgo, uma comunidade de sucesso, de empreendedores, jovens bem integrados em praticamente todas as instituições, desde directores dos liceus e serviços públicos, até aos médicos, economistas e técnicos em diferentes sectores. Nota-se uma grande ascensão social dentro da segunda, terceira e até quarta gerações”, frisou, indicando que no Luxemburgo há mais de 12 mil cabo-verdianos, entre os “originais e os descendentes”.
O ministro das Comunidades explicou que não só vai regressar ao Luxemburgo, mas também estar nos Países Baixos e na Belgica (Benelux) para contactos com as comunidades, mas também para falar com as autoridades, sejam municipais ou nacionais.
No encontro da noite desta quinta-feira, foram colocadas algumas questões por parte dos presentes, como é o caso de Ludmila Fortes que está frequentar o curso de Direito na Universidade de Santiago, on-line, mas que tem a preocupação do reconhecimento do diploma quando terminar, e de Jailson Melício que pediu esclarecimentos sobre a cooperação na área de saúde entre Cabo Verde e Luxemburgo para facilitar, por exemplo, as consultas médicas.
“Levantaram um conjunto de questões que estão relacionadas com o seu relacionamento com Cabo Verde, onde esclarecemos que existe um portal consular de Cabo Verde que permite encurtar a distância e digitalizar as relações das nossas comunidades com instituições nacionais”, disse.
Por outro lado, Jorge Santos esclareceu que as preocupações levantadas sobre as equivalências e o reconhecimento de diplomas é um processo que está sendo negociado com os diferentes países, sobre a portabilidade documental, no geral, e também das certificações das formações.
O ministro lembrou que Luxemburgo é o único país da Europa que tem um protocolo com Cabo Verde de gestão partilhada das comunidades e que criam um conjunto de facilidades aos cabo-verdianos que têm títulos de residência e os que têm dupla nacionalidade, facilitando “muito” a regularização da comunidade no Luxemburgo.
Jorge Santos garantiu que o País vai continuar a trabalhar com esta comunidade, uma vez que é preciso “promover também o empresariado que quer investir em Cabo Verde e estreitar as pontes com o País”, em diferentes sectores, como a saúde, educação, turismo ou hotelaria.
O encontro com a comunidade cabo-verdiana no Luxemburgo também teve a participação de elementos da delegação que acompanhou o Presidente da República na visita de Estado, como o ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui de Figueiredo Soares e o ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro.
A Semana com Inforpress