“Não temos casos alarmantes. Em todos os postos temos a segurança garantida pela polícia” que “estão a trabalhar sem nenhuma dificuldade”, referiu na segunda-feira, em Pemba.
A ministra reuniu-se na segunda-feira com as autoridades na capital provincial.
Cabo Delgado tem sete municípios e um deles foi severamente afetado por ataques - Mocímboa da Praia, vila que chegou a ser ocupada por rebeldes durante cerca de um ano, até agosto de 2021. Os outros municípios viram a vida alterada para servir como comunidades de acolhimento.
A governante garantiu o destacamento de agentes para todas as sedes de município para garantir a segurança durante o recenseamento eleitoral que decorre desde 20 de abril e até 03 de junho.
“O desafio que temos é o das condições logísticas, que deveriam estar a 100%”, referiu.
“Temos o mínimo, gostaríamos de dar muito mais para permitir que eles estejam no local de trabalho sem nenhuma dificuldade”, descreveu Arsénia Massingue.
Cabo Delgado tem sete municípios: Chiúre, Mocímboa da Praia, Montepuez, Mueda, Pemba e ainda Balama e Ibo, criados em 2022.
A província enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.
O conflito já fez mais de um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
A Semana com Lusa