A leitura do acórdão deverá prolongar-se por cinco dias, algo inédito na justiça moçambicana.
Os trabalhos vão arrancar às 09:00 de Maputo (07:00 de Lisboa).
A leitura vai ser feita na tenda da cadeia de máxima segurança de Maputo, vulgo BO, que também acolheu o julgamento, que durou sete meses.
Justificando os cinco dias de leitura da sentença com a complexidade do caso, o porta-voz do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo admitiu a possibilidade de se estender pelo fim de semana.
Ndambi Guebuza, filho mais velho do antigo presidente moçambicano Armando Guebuza, e antigos dirigentes dos serviços secretos moçambicanos estão entre os 19 arguidos.
São acusados pelo Ministério Público moçambicano de envolvimento num esquema que defraudou o Estado em mais de 2,7 mil milhões de dólares (2,6 milhões de euros) de dívida contraída junto de bancos internacionais, entre 2013 e 2014.
Os empréstimos foram avalizados pelo Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), liderado então por Guebuza, sem conhecimento do parlamento e do Tribunal Administrativo.
A Semana com Lusa