“Nós não vamos nunca mais concorrer em eleições na República de Moçambique. Esta é uma decisão já tomada e amadurecida, estamos a autoexcluir-nos dos processos eleitorais por falta de um clima de transparência que envolve estas atividades”, disse o presidente da RD, Vitano Singano, em declarações ao jornal Notícias, o maior diário moçambicano.
Singano avançou que os membros da RD vão ainda deliberar sobre a continuação ou dissolução desta força política.
Aquele partido não ganhou em nenhuma das oito autarquias em que concorreu nas eleições autárquicas de 11 deste mês.
A RD foi fundada em 2022 por dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), que acusa aquela força política de usar os símbolos do principal partido da oposição, nomeadamente as imagens dos seus antigos falecidos presidentes.
Vitano Singano é um antigo segurança do falecido fundador e presidente da Renamo Afonso Dhlakama.
Segundo resultados distritais e provinciais intermédios divulgados pelos órgãos eleitorais nos últimos dias sobre 50 autarquias, a Frelimo venceu em 49 e o MDM na Beira.
Pelo menos cinco tribunais distritais já reconheceram irregularidades nas eleições e ordenaram a repetição de vários atos eleitorais, em alguns casos com os órgãos eleitorais e o partido no poder a submeterem recursos junto do Conselho Constitucional (CC) em contestação às sentenças, acórdãos e despachos dos tribunais distritais.
A Semana com Lusa