Fábio Vieira abordou esta questão durante uma conferência de imprensa para reagir às declarações da ministra das Infra-estruturas relativamente à liderança do projecto de asfaltagem da via principal dos Mosteiros, observando que a mesma devia estar mais preocupada com este projecto e com a conclusão do anel rodoviário, construção do cais de pesca de Baía do Corvo, estrada de Sumbango, entre outros.
Relativamente à requalificação da orla marítima de Queimada Guincho, que a titular da pasta das Infra-estruturas considera ser o maior projecto para Mosteiros, Fábio Vieira disse que os mosteirenses ficam tristes ao verem que Porto Novo (Santo Antão) e São Miguel (Santiago) que entregaram os seus projectos três anos depois e as obras já foram inauguradas.
“Mosteiros foi o primeiro município do País a submeter o projecto para financiamento, há mais de cinco anos e as informações das Infra-estruturas de Cabo Verde é que já se lançou o concurso, já se identificou a empresa ou consórcio de empresas que ganhou o concurso, mas não há previsibilidade em relação ao arranque das obras”, disse o edil dos Mosteiros.
Segundo o edil mosteirense, recebeu a garantia da ministra das Infra-estruturas, no ano passado, de que no início de 2023 a empresa estaria a montar os estaleiros para arrancar as obras, sublinhando que, inclusive, pediu que a câmara avançasse com alavancagem financeira, no valor de 107 mil contos, e assumir a liderança dessa obra, mas depois a câmara não teve mais feedback sobre este projeto e se vai ou não ter a obra de requalificação de Queimada Guincho.
Fábio Vieira indicou que o projeto de requalificação da orla marítima de Queimada Guincho consiste na construção de uma via alternativa mais ao litoral de Queimada Guincho, a criação de zonas de recreio para pescas desportivas, novo loteamento, ciclovia, pedonais, estando a autarquia a aguardar uma luz no fundo do túnel sobre a sua implementação.
Por outro lado, Fábio Vieira, estranhou o facto de uma equipa das Estrada de Cabo Verde ter estado no município dos Mosteiros, para ver a situação da rocha de Sumbango, que é grave e carece de intervenções urgentes, profundas e duradouras, não ter articulado com a câmara durante a visita.
“Estamos abertos e disponíveis a propor soluções de engenharia para aquele troço de estrada, mas pelas declarações da ministra, vê-se, claramente, que ainda teremos de lidar com a situação de Sumbango que preocupa as autoridades, a população de toda a zona norte do município e as pessoas que têm terreno, à montante e à jusante”, referiu Fábio Vieira, sublinhando que pelas afirmações da titular da pasta das Infra-estruturas o Governo não irá fazer nenhuma intervenção de fundo para repor a normalidade.
A Semana com Inforpress