Em declarações à imprensa, na Cidade da Praia, sobre a manifestação pacífica dos trabalhadores da câmara municipal que reivindicaram, na passada quarta feira, 17, melhores condições laborais, o pagamento do INPS e o cumprimento dos acordos assinados com a autarquia local desta região Sul de Santiago, o coordenador do Movimento para a Democracia (MpD), Hipólito Gonçalves, lamentou “profundamente” as acusações proferidas pelo edil.
Segundo o coordenador, o presidente alega que a câmara municipal enfrenta “graves problemas financeiros”, no entanto, questionou “por que são mantidos sete vereadores” a tempo integral e contratado dezenas de pessoas que acarretam “gastos elevados” e sem resultados visíveis.
O mesmo questionou ainda a “não continuidade” do plano de pagamento do INPS, quando, lembrou, já existia um plano de pagamento parcelado, considerando que o edil não cumpriu com a sua responsabilidade na protecção social dos funcionários, para que “estivessem livres de perseguições e descriminação” e em melhores condições para desempenharem as suas funções.
“O presidente Isaías sabe que os motivos da manifestação foram os sucessivos incumprimentos dos acordos firmados e dos direitos dos funcionários. Ao desrespeitar os funcionários, o presidente está causando danos morais aos mesmos” e exigiu respeito pela classe.
“Considerar os funcionários como marionetes revela uma estranha forma de relacionamento com os munícipes”, contestou, acusando Isaías Varela de “manipulação e intimidação” alegando que o PAICV “sempre demonstrou dificuldade em compreender e respeitar a liberdade”.
Segundo Hipólito Gonçalves, o MpD acredita que a colaboração entre os representantes dos trabalhadores, a administração municipal e os partidos políticos “é essencial para promover condições laborais justas e dignas”, garantindo que o partido se compromete em contribuir de forma positiva para alcançar esse objectivo.
A Semana com Inforpress