Muratov assumiu em 1995 a direção do jornal fundado em 1993, que desde então tem-se afirmado como "a voz mais independente" contra a corrupção, na denúncia dos abusos do poder — violência policial, prisões ilegais, fraude eleitoral e "fábricas de fakes apoiadas por militares tanto no país como no estrangeiro".
Neste início de março perante a pressão do Kremlin, acabou por anunciar que para evitar fechar ia remodelar o jornal.
Todo o material sobre a invasão militar russa na Ucrânia foi retirado do seu website.
O editorial referiu a censura como determinante para essa medida. Mas prometeu que ia continuar a noticiar sobre as consequências da recessão económica — influenciada também pelo tema proibido — e a perseguição aos dissidentes.
Fontes: Novayagazeta.ru/Nobel.org/... Relacionado: Nobel da Paz para a liberdade de expressão: Maria Ressa e Dmitry Muratov, 08.out.021; Rússia: Marina reaparece após protesto antibélico — Tribunal aplica-lhe multa, "Putin/Kremlin evitou torná-la mártir", 17.mar.022.