De acordo com o Notícias ao Minuto (NM), a descoberta foi feita por Carlo Vecce, professor de literatura italiana na Universidade de Nápoles L’Orientale, que revelou a sua nova teoria no romance intitulado ’Il Sorriso di Caterina’ (’O Sorriso de Caterina’) - que tem na sua base um documento que pertencia ao Arquivo do Estado em Florença, segundo reporta a Associated Press.
A informação que nele consta dá conta de que a mãe do artista seria proveniente da região norte do Cáucaso e que, ainda que tenha sido escrava em Itália, foi-lhe, entretanto, concedida liberdade por parte das autoridades de Florença.
O pai de Leonardo, por sua vez, terá autenticado o registo seis meses após o nascimento do génio renascentista - que ficou internacionalmente reconhecido por obras como ’Mona Lisa’, conforme nota o NM.
A respeito destas suas descobertas, o estudioso revelou que o seu intuito inicial passava por provar que a mãe de Da Vinci não era uma pessoa escravizada, proveniente do Oriente - uma teoria que tinha já vindo a ser defendida há bastante tempo. "Mas quando as provas vão na outra direção, há que ter em atenção", considerou, citado pelo NM.
Sobre as razões pelas quais partilhou a sua investigação num romance, em vez de num texto académico, Carlo Vecce explicou que sentiu a necessidade de partilhar a sua teoria com um público mais vasto. "Podia brincar e dizer que ninguém lê um livro com notas de rodapé e bibliografia", acrescentou ainda, segundo escreve a nossa fonte.
De recordar que, anteriormente, Martin Kemp, professor emérito de História de Arte da Universidade de Oxford, escreveu em 2017, em coautoria, um livro onde identificou a mãe do artista como tratando-se de Caterina di Meo Lippi, uma órfã de 15 anos.