A investigação designada "China Science Investigation", que juntou onze equipas de jornalistas de sete países europeus — coordenada pelas plataformas alemã Correctif e neerlandesa Follow the Money e publicada hoje no Deutsche Welle —, concluiu que universidades do Reino Unido, Alemanha e Holanda colaboraram com a NUDT-Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa da China. Uma conclusão tida como preocupante.
Os jornalistas procuraram durante meses compreender a natureza da colaboração entre cientistas chineses e europeus. Conseguiram assim encontrar "um grande número de colaborações" entre universidades europeias e a NUDT ao serviço do exército chinês, o que está a fazer soar o alerta.
Milhares de publicações científicas
Mais de 3.000 artigos co-autorados por cientistas europeus e da NUDT abordam temas "muito sensíveis", segundo a equipa de investigação.
Os investigadores de universidades da Alemanha e Países-Baixos colaboraram, cada um dos países, em mais de 230 de publicações da chinesa NUDT. Mas a contagem dos britânicos até agora ultrapassou mais de duas mil.
Entre os temas sensíveis está a videovigilância que, embora esteja a ser justificada pelos seus benefícios para a sociedade civil, pode estar a ser utilizada pela China como um meio de controlar situações em "comunidades minoritárias tidas como ameaças para a coedão nacional chinesa".
Fontes: DW.de/NDUT.cn