O sombrio fenômeno educacional da era moderna é uma imagem assombrosa, um retrato de desconexão alarmante, onde os títulos e credenciais brilham como estrelas cadentes, porém sua capacidade de representar efetivamente o conhecimento e servir ao público se afoga em trevas densas. É uma tragédia profunda testemunhar a prevalência de indivíduos ostentando diplomas e títulos nobres, enquanto suas capacidades reais de iluminar o mundo com sabedoria deixa muito a desejar. Essa discrepância, mais do que uma simples tragédia pessoal, é uma ferida aberta na alma de nossa sociedade, minando nossa capacidade de erguer estruturas de mudança positiva, duradoura e etérea.
A origem deste complexo enigma pode ser rastreada até dois possíveis origens: a falta de rigor das instituições educacionais ou a falha dos sábios professores na arte de selecionar aqueles que realmente podem absorver o conhecimento e tecer a tapeçaria da compreensão. Não importa de onde venha essa treva, ela não conhece fronteiras geográficas, assombrando não apenas uma nação, mas espalhando suas sombras por terras distantes.
Um exemplo arrepiante dessa tragédia educacional ecoa pelas terras das Américas do Norte, onde os estudantes lutam para igualar os feitos brilhantes de seus pares chineses e finlandeses nas sagradas avaliações internacionais, como o PISA, o julgamento celestial do conhecimento, digamos assim. Essa discrepância não apenas mancha o pergaminho do sistema educacional, mas também reflete a insuficiência em preparar jovens para as batalhas titânicas do mundo contemporâneo. E quando lançamos nosso olhar para além do horizonte, a escuridão cresce, envolvendo continentes inteiros. Na África e na Europa, o abismo entre a pompa das credenciais e a representação real muitas vezes atinge proporções que fazem estremecer os deuses.
Um exemplo vivo dessa triste tragédia pode ser visto em Cabo Verde, onde, por exemplo, a mera audição dos discursos proferidos por certos deputados, altamente condecorados pela academia, no parlamento, lança uma sombra nefasta sobre a nação. Essa brecha sinistra entre o que é ostentado como mérito acadêmico e a habilidade real de comunicar e compreender é, sem dúvida, uma realidade desoladora, uma tragédia grega encenada nos corredores do poder.
Essa distância tenebrosa entre títulos e a capacidade de representação não apenas mina a confiança nas instituições de ensino, mas rasga a própria tapeçaria social. A transformação positiva só pode ser trazida à luz pelo toque de Midas daqueles que possuem não apenas o ouro do conhecimento, mas também a habilidade de o moldar em obras-primas de sabedoria, debatendo-o e aplicando-o como poetas com pinceis de fogo e tintas cósmicas.
Em suma, a atual tragédia entre diplomas e a capacidade de representação é um problema sério e multifacetado que transcende fronteiras, uma epopeia das almas em busca da luz do conhecimento. Exige uma busca apaixonada por mudanças nas práticas educacionais, uma demanda por uma seleção criteriosa dos aprendizes e um juramento renovado de preparar guerreiros do saber para enfrentar as batalhas de um mundo cada vez mais sombrio e complexo. Sem a resolução desse enigma, estaremos condenados a vaguear no abismo crescente entre o que é apregoado e a realidade que é capaz de ser representada, uma tragédia que ecoará pela eternidade.
EUA , outubro de 2023
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* Poeta e Escritor